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Especialista explica que golpistas se aproveitam da distração para cometer crimes – mas que é possível utilizar meios para não sair no prejuízo; desabilitar a função aproximação do cartão de débito e crédito é uma das alternativas.
Todo folião experiente sabe que, para comemorar o Carnaval tranquilo, é preciso tomar algumas precauções, principalmente quando se trata do Carnaval de rua. Um dos riscos mais presentes neste ambiente é o roubo a celulares e cartões de crédito, além de golpes de ambulantes mal intencionados, coisas que podem gerar uma dor de cabeça maior do que a ressaca do dia seguinte.
De acordo com o analista de Tecnologia da Informação do Sicoob UniMais Metropolitana, Renato Luiz Sousa, existem várias táticas usadas por criminosos para enganar as vítimas, como inserir um valor alto enquanto oculta a tela da vista do cliente, por exemplo. Conheça, a seguir, alguns tipos de golpe e o que fazer se a próxima vítima for você:
Golpes comuns
Na hora de passar o cartão após a compra, bate a pressa para voltar à festa. É aí que mora o perigo: sem a atenção do cliente, o golpista observa a digitação da senha, devolve um plástico falso no lugar do cartão e pronto – ele já tem tudo o que precisa para fazer a própria festa com o seu cartão.
Mas não é o único caso. Renato relata que é comum que alguns golpistas simulem operar a maquininha, não coloquem o valor, ofereçam o aparelho ao cliente, que na pressa insere a senha (e não vê que a tela ainda pede o valor do produto) e, em seguida, tem a maquininha puxada da mão pelo golpista – que agora sabe a senha. Outra situação, é quando ele insere um valor muito mais alto que o devido, sem que o cliente saiba.
Além da atenção, Renato dá outra dica: desabilitar a função de pagamento por aproximação do cartão.
“A aproximação é uma ferramenta muito prática no dia a dia, mas nesta época de Carnaval, com tanta movimentação, existe o risco de que o golpista passe a maquininha no cartão sem a pessoa perceber. Geralmente o aplicativo notifica quando você passa o cartão no débito ou crédito, mas se por algum motivo ele falhar, até por conta do sinal da internet no local, não há como a pessoa saber na hora”, alerta o analista.
Como se prevenir
O segredo é bloquear ao máximo o acesso do criminoso aos bens de valor. Portanto, guarde-os dentro de um local imprevisível, debaixo das roupas, ou utilize uma pochete que fique escondida dentro da fantasia. O celular, assim como seus aplicativos, devem ter bloqueio por biometria e senhas, assim como autencação de dois fatores. Quanto ao cartão, é bom manter um limite baixo.
Fui roubado/sofri um golpe. E agora?
O analista explica que, no caso de roubo de celulares, aparelhos nos sistemas Android e iOS possuem ferramentas que ajudam no bloqueio e rastreamento.
Outra ferramenta, anunciada em dezembro do ano passado pelo Governo Federal, é o aplicativo Celular Seguro. Ele permite que a pessoa denuncie perda, roubo ou furto do aparelho por meio do site do governo. A partir daí, o sistema avisa simultaneamente as instituições financeiras, Anatel, operadoras de telefonia e serviços online para que façam o bloqueio do aparelho. O Sicoob UniMais Metropolitana foi uma das primeiras instituições a fazer essa integração em seus aplicativos.
Para utilizar o serviço, é preciso fazer um cadastro a partir do login no portal Gov.br e registrar os dados do aparelho, além de cadastrar uma pessoa de confiança, que poderá registrar o boletim de ocorrência. Então, o Ministério da Justiça notifica as instituições financeiras conveniadas, solicitando ações preventivas de bloqueio de contas/dispositivos associados ao CPF da vítima.
Para o especialista, é importante tomar cuidado durante todo o ano, não apenas no Carnaval.
“É preciso ter uma conscientização, pois o risco de golpe existe todos os dias. Pode acontecer ao passar o cartão numa barraca da praia, em comércio de rua ou na internet, por exemplo. Mesmo caso dos furtos e roubos, que podem ocorrer em qualquer hora e local. Os criminosos estão se atualizando cada vez mais, sempre um passo adiante e criando métodos diferentes. Todo cuidado é pouco”, alerta Sousa.
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