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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou nesta quarta-feira (7) o primeiro ETF de Solana no Brasil e na América. Com essa decisão, o mercado de criptomoedas brasileiro se destaca globalmente, superando outros países, incluindo os Estados Unidos, onde os pedidos de lançamento de fundos de investimento na criptomoeda Solana ainda estão em fase inicial de análise pela SEC, com chances de aprovação incertas no momento.
O fundo negociado em bolsa (ETF) aprovado pelo regulador será criado pela gestora QR Asset e gerenciado pela Vortx, com lançamento dependente da aprovação junto à B3, a empresa responsável pela Bolsa de Valores. Ainda não foi informado quando o ETF será autorizado e disponibilizado para negociação no mercado brasileiro.
“Este ETF reafirma nosso compromisso em oferecer qualidade e diversificação para os investidores brasileiros. Estamos orgulhosos de sermos pioneiros globais neste segmento, consolidando a posição do Brasil como um mercado de vanguarda para investimentos regulados em criptoativos,” afirmou Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset.
O fundo terá como referência o índice CME CF Solana Dollar Reference Rate, criado pela CF Benchmarks com apoio da Chicago Mercantile Exchange (CME).
Contexto do Mercado Brasileiro
Com a aprovação, o Brasil reforça sua posição como um dos mercados mais diversos e pioneiros em ETFs de criptomoedas no mundo. O país já conta com fundos de investimento em ether e bitcoin desde 2021, além de possuir fundos multiativos que investem em mais de uma criptomoeda.
A aprovação pela CVM ocorre em meio a altas expectativas no mercado em relação à possível aprovação de ETFs de Solana nos Estados Unidos. A SEC aprovou ETFs de bitcoin em janeiro e de ether em junho deste ano, mas a autorização para o lançamento desses fundos só veio em julho.
No caso dos ETFs de ether, a aprovação surpreendeu o mercado ao sinalizar uma mudança no entendimento da SEC sobre o ativo, que até então era considerado pelo regulador como um valor mobiliário, e não uma commodity. Com essa reversão, investidores e analistas começaram a sugerir que a Solana também poderia ganhar ETFs a partir da mesma interpretação.
Após a aprovação dos ETFs de ether, a gestora VanEck entrou com um pedido junto à SEC para lançar um fundo de investimento em Solana. A Franklin Templeton também manifestou interesse em lançar um ETF do tipo. No entanto, a aprovação desses ETFs nos Estados Unidos ainda não é certa. O banco JPMorgan acredita que a aprovação não é o cenário mais provável no momento, já que a SEC ainda classifica Solana e outras criptomoedas como valores mobiliários. Nesse sentido, a liberação pode depender de uma mudança no comando do regulador.
Solana marca recorde histórico e supera Ethereum
Nos últimos meses, a criptomoeda Solana (SOL) tem se destacado no mercado cripto, atingindo um novo recorde histórico e superando a Ethereum (ETH) em diversos aspectos. Recentemente, SOL alcançou um preço recorde em relação ao ETH, chegando a 0,061 ETH, após ultrapassar a resistência de 0,057 ETH. Nas últimas 24 horas, o preço de SOL aumentou 9%, enquanto o ETH subiu apenas 0,8%.
Embora o preço atual de SOL ainda esteja 40% abaixo do seu máximo histórico de US$ 260, alcançado durante o ciclo de alta de 2021, o desempenho recente da criptomoeda tem sido expressivo. Por outro lado, o ETH, lançado em 2015, está 49% abaixo do seu recorde histórico. Apesar da valorização de SOL, o valor de mercado de Solana ainda é significativamente menor do que o de Ethereum, com US$ 70,773 milhões contra US$ 298,865 milhões, respectivamente.
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