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A varredura não foi maior porque PL e PT, que não haviam conseguido vitórias em capitais na última disputa, tiveram eleitos para prefeituras.
Nesta segunda-feira (28), foi informado que, o número de partidos com prefeitos eleitos em capitais baixou de 12, para 08 nessas atuais eleições.
A redução se deve aos fracassos de PSDB, PDT, Cidadania e PSOL. A queda não foi maior porque PL e PT, que não haviam conseguido vitórias em capitais na última disputa, tiveram eleitos para prefeituras nessas cidades.
Segundo informações, a maior varredura é do PSDB. O partido, que protagonizou a política brasileira junto com o PT nos anos 1990, 2000 e começo dos 2010, conseguiu eleger 04 prefeitos nas capitais nas últimas eleições.
O partido seguinte no ranking da queda é o PDT.
Já o maior crescimento foi do PL. O partido não havia conseguido eleger nenhum prefeito em capital em 2020. Mas no ano seguinte o então presidente Jair Bolsonaro se filiou à legenda e aumentou seu apelo eleitoral.
Veja quantas prefeituras de capitais cada partido obteve neste ano:
- MDB – 5 (Belém, Boa Vista, Macapá, Porto Alegre e São Paulo);
- PSD – 5 (Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro e São Luís);
- PL – 4 (Aracaju, Cuiabá, Maceió e Rio Branco);
- União Brasil – 4 (Goiânia, Natal, Salvador e Teresina);
- Podemos – 2 (Palmas e Porto Velho);
- PP – 2 (Campo Grande e João Pessoa);
- Avante – 1 (Manaus);
- PSB – 1 (Recife);
- PT – 1 (Fortaleza);
- Republicanos – 1 (Vitória).
Resultados das eleições municipais: Ascensão dos partidos centristas e desafios fiscais
Com a finalização do segundo turno das eleições municipais no último domingo (27), o mercado volta sua atenção para as implicações fiscais que surgem a partir dos resultados. Caio Megale, economista-chefe da XP, conduziu nesta segunda-feira (28) o Morning Call da XP, onde analisou o cenário político e suas repercussões econômicas.
“Após as eleições, ficou evidente a vitória dos partidos centristas, que, curiosamente, também formam a base de apoio do governo atual”, destacou Megale.
No entanto, segundo Megale, a relação entre os resultados das urnas e a governabilidade federal não é simples. Ele mencionou que tanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quanto a ministra do Planejamento, Simone Tebet, têm apresentado propostas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva visando ajustes nas despesas públicas.
“Embora tenhamos uma mudança no perfil dos representantes, as consequências diretas na dinâmica do governo ainda estão por ser avaliadas. O que realmente preocupará os mercados é a capacidade do governo de implementar cortes de gastos”, enfatizou.
“Entretanto, essas propostas necessitam da aprovação do Congresso para que possam ser efetivadas sem provocar um desgaste político significativo”, alertou Megale.
Interdependência
Essa interdependência entre o Executivo e o Legislativo é crucial para a implementação de reformas fiscais, e a sinalização positiva desse alinhamento pode trazer um alívio ao mercado.
O economista-chefe também fez uma análise das tensões recentes do mercado, que demonstraram preocupações com a dinâmica fiscal.
“Se o governo não apresentar medidas concretas, as inquietações do mercado podem se intensificar, resultando em volatilidade e incertezas nos preços”, ressaltou.
Além disso, Megale antecipa uma semana intensa, marcada pela divulgação de dados macroeconômicos que são fundamentais para a política monetária do Banco Central. Entre as informações esperadas estão a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). No entanto, que trará dados sobre emprego e renda, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com informações sobre a criação de postos de trabalho. Além da produção industrial de setembro, além de dados fiscais do setor público.
“Essa será uma semana decisiva para o mercado como um todo”, concluiu Megale, evidenciando a importância das próximas divulgações para a formação das expectativas econômicas.
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