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Nesta segunda-feira (27), o Ministério da Fazenda informou que o governo retomará a cobrança de impostos federais sobre os combustíveis nesta semana, após o final do prazo da desoneração, que se encerra no fim de fevereiro. Como resultado, as ações de empresas como Petrobras (PETR3; PETR4), São Martinho (SMTO3) e Raízen (RAIZ4) registraram ganhos. Às 16h (horário de Brasília), os ativos PETR3 subiam 2,27%, a R$ 30,25, enquanto PETR4 avançavam 2,39%, a R$ 26,59, mesmo em um dia de queda do petróleo. Os papéis começaram a acelerar ganhos após as notícias sobre a reoneração, que prevê percentuais diferentes para combustíveis fósseis e biocombustíveis.
Por sua vez, os ativos SMTO3 avançavam 5,20%, a R$ 27,30, enquanto RAIZ4 tinha ganhos de 5,19%, a R$ 3,04; outras empresas do setor, como Jalles Machado (JALL3) subia 2,10%, a R$ 7,77, enquanto Cosan (CSAN3) tinha alta de 1,50%, a R$ 14,92. De acordo com o Ministério da Fazenda, a arrecadação será recuperada em 100% com a volta da tributação. Assim como antes da isenção, os combustíveis fósseis terão uma cobrança superior aos biocombustíveis.
O anúncio representa uma vitória para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em meio a uma disputa de visões entre a equipe econômica e alas do governo e do PT. Estes últimos veem a reoneração como impopular e inflacionária. Haddad, por sua vez, havia perdido a disputa em janeiro, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu renovar a desoneração inicialmente concedida pelo governo Jair Bolsonaro. Agora, novamente, o ministro precisou lidar com a pressão de parlamentares petistas, incluindo a presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), que afirmam que a mudança deveria esperar.
Pela manhã, Haddad saiu de reunião no Palácio do Planalto com Lula, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, dizendo que o encontro havia sido positivo e que um anúncio era esperado ainda para esta segunda-feira. Durante o fim de semana, Haddad conversou com o presidente sobre o tema por telefone, segundo duas fontes contaram à Reuters. De acordo com esse relato, Lula tranquilizou o ministro sobre a disputa, no que foi entendido como uma sinalização de que não haveria a prorrogação da isenção.
Antes da isenção do PIS/Cofins, a cobrança dos tributos sobre a gasolina era de 79 centavos por litro, enquanto o etanol tinha uma carga tributária de 24 centavos por litro, graças ao diferencial tributário que lhe dava vantagem frente
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