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Dólar recua para R$ 4,96 devido a fluxo comercial e expectativas de estímulos na China. Mercado aguarda anúncio de medidas econômicas e reforma ministerial.
O dólar à vista experimentou instabilidade ao testar os R$ 5, mas encerrou em queda, atingindo R$ 4,9680, após movimentos corretivos no exterior. O desmonte de operações defensivas e a entrada de fluxo comercial contribuíram para a baixa, enquanto investidores esperam anúncio de estímulos na China.
O Banco Central chinês já anunciou apoio ao setor imobiliário e novos cortes de juros são aguardados. O mercado também está atento às notícias políticas em Brasília, com as negociações sobre a reforma ministerial que podem impactar a agenda econômica do governo.
Fluxo comercial e expectativas chinesas impulsionam queda do dólar após teste de R$ 5
O dólar à vista iniciou o dia desafiando a marca dos R$ 5, atingindo seu ponto mais crítico, mas logo seguiu uma trajetória de correção no mercado cambial internacional, resultando em um fechamento em baixa frente ao real. Esse movimento de recuo foi impulsionado pelo desmonte de posições defensivas e pela entrada de fluxo comercial. Investidores mantêm a atenção voltada para a China, onde as expectativas estão centradas no anúncio de novos estímulos econômicos.
A crise no setor imobiliário local levou o Banco Central chinês a declarar seu apoio, e a possibilidade de novos cortes de juros e outras medidas está prevista para o próximo domingo.
No cenário nacional, embora a agenda esteja esvaziada, o mercado financeiro mantém olhos voltados para Brasília. As negociações sobre a reforma ministerial estão em destaque, uma vez que podem definir o caminho para votações cruciais no Congresso, relacionadas ao âmbito econômico do governo, incluindo questões fiscais e tributárias que impactam offshore.
O dólar à vista fechou a sessão com um declínio de 0,27%, atingindo a marca de R$ 4,9680. Durante o dia, a moeda oscilou entre R$ 4,9580 e R$ 5,0020. Ao longo da semana, a moeda acumulou uma alta de 1,30%, e no panorama mensal, a taxa de avanço foi de 5,04%. No mesmo contexto, o dólar futuro para setembro apresenta uma queda de 0,22%, situando-se em R$ 4,9790.
Internacionalmente, o índice DXY, que mede o valor do dólar frente a outras moedas principais, declinou 0,16%, atingindo 103,402 pontos. O euro registrou um aumento de 0,04%, chegando a US$ 1,0873, enquanto a libra esterlina perdeu 0,05% de seu valor, cotando a US$ 1,2740. O mercado segue acompanhando os desdobramentos internacionais e as movimentações locais que continuam influenciando a trajetória do dólar e dos mercados financeiros como um todo.
Varejo, Petrobras e bancos impulsionam recuperação da bolsa após 13 quedas consecutivas
As ações do setor de varejo foram protagonistas de uma forte alta nesta sexta-feira, impulsionando a recuperação da bolsa após uma sequência de 13 quedas consecutivas. O otimismo se deu em parte devido ao alívio nos juros futuros, que proporcionou uma correção parcial das perdas acumuladas durante a semana. Os investidores retomaram suas apostas no varejo, tendo em vista as expectativas de cortes na taxa Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Os destaques na lista das maiores altas incluíram #MGLU3, com um aumento de 6,38% a R$ 3,00, #CRFB3, com alta de 5,24% a R$ 11,85, e PETZ3, que subiu 3,91% a R$ 5,31. Por outro lado, #RDOR3 (-1,85% a R$ 29,74), #WEGE3 (-1,76% a R$ 36,26) e #ARZZ3 (-1,45% a R$ 79,11) lideraram as perdas do dia.
O vencimento de opções sobre ações contribuiu para a volatilidade das blue chips, com #PETR4 fechando com uma leve alta de 0,25% a R$ 31,52, #PETR3 subindo 0,58% para R$ 34,49 e #VALE3 recuando 1,11% a R$ 61,22. Entre os bancos, #ITUB4 subiu 0,79% a R$ 26,96, #BBDC4 avançou 0,66% a R$ 15,19, #SANB11 teve um ganho de 0,49% a R$ 26,44 e #BBAS3 subiu 0,40% para R$ 47,79.
Enquanto isso, nos mercados internacionais, as bolsas de Nova Iorque encerraram sem uma direção clara, influenciadas pelo aumento dos juros dos Treasuries. Os retornos dos títulos de longo prazo alcançaram os maiores níveis desde a crise financeira de 2008, embora tenham cedido ligeiramente. A crise na China também exerceu pressão sobre o mercado, apesar das medidas anunciadas pelo governo para apoiar o mercado de capitais local.
Ao fechamento, o Dow Jones subiu 0,08%, enquanto o S&P500 recuou 0,01% e o Nasdaq perdeu 0,20%. Os principais índices norte-americanos registraram quedas superiores a 2% ao longo da semana. Os movimentos dos juros e as evoluções na crise chinesa continuarão a influenciar os mercados globais nos próximos dias.
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