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- O dólar comercial registra brusca queda nesta quarta-feira (3)
- Hoje a expectativa está centrada na reunião entre o presidente Lula e os ministros da área econômica
- Na sessão anterior, surgiram rumores de que o BC poderia estar consultando as Tesourarias de bancos sobre uma possível intervenção cambial
Hoje (3), o dólar comercial registra uma forte queda em relação ao real. Isto, após alcançar um novo recorde no dia anterior. A expectativa está centrada na reunião entre o presidente Lula e os ministros da área econômica, que discutirão questões relacionadas ao câmbio e à situação fiscal do país.
No cenário internacional, o dólar também está em baixa frente à maioria das outras moedas. Marcio Riauba, gerente da Mesa de Operações da StoneX, destaca que dados positivos do PMI de serviços no Brasil estão contribuindo para a queda da moeda americana.
Na sessão anterior, surgiram rumores de que o BC poderia estar consultando as Tesourarias de bancos sobre uma possível intervenção cambial. O que resultou em um fechamento do dólar à vista com alta de 0,22%. Assim, alcançando R$ 5,6665 na venda — o maior valor desde 10 de janeiro de 2022.
O que vem acontecendo para esse variação?
Nos últimos dias, o dólar teve um aumento significativo em relação ao real. Isto, devido à incerteza dos agentes do mercado sobre a trajetória fiscal do Brasil. Há, portanto, preocupações de que esse movimento possa impactar a economia real. Dessa forma, aumentando o custo dos produtos e possivelmente levando o Banco Central a considerar um aumento na taxa Selic. Atualmente em 10,50% ao ano, como medida para controlar a inflação.
Diante da pressão de alta no dólar, o presidente Lula tem uma reunião marcada para as 16h30 com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, entre outros. Na terça-feira (2), Lula já havia anunciado este encontro, no entanto, focado no câmbio.
Ele declarou que o governo tomará “alguma medida”. A fala de Lula levou o mercado a considerar a possibilidade de alterações na dinâmica do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas negociações envolvendo o dólar — uma estratégia usada no passado — mas Haddad negou essa possibilidade.
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Enquanto espera os desdobramentos da reunião à tarde, o mercado está atento aos novos discursos do presidente Lula, programados para as 11h e 15h, em eventos do Plano Safra. A percepção é que quanto menos Lula mencionar o câmbio ou o trabalho do Banco Central, melhor para as cotações.
Analistas afirmam que os frequentes ataques de Lula ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, e à taxa Selic, atualmente em 10,50%. Isto, têm aumentado a pressão nos mercados de câmbio e juros futuros.
Dólar atinge R$ 5,70 e se aproxima de recorde da pandemia
O dólar a vista devolveu a maior parte de seus ganhos e fechou com uma alta de 0,22%, a R$ 5,665.
Nesta terça-feira (02), após o dólar ter registrado uma alta de 0,80% no dia e ultrapassar uma máxima de R$ 5,70, o dólar a vista fechou com uma alta de 0,22%, a R$ 5,665.
De acordo com informações, as negociações do dia de hoje foram extremamente altas, com a moeda abrindo em queda e logo no início dar uma reviravolta e alcançar uma alta após novas críticas do presidente Lula ao Banco Central e a promessa de que o governo discutirá medidas para o câmbio.
Cotação do dólar
O dólar comercial fechou em alta de 0,22%, a R$ 5,665 na compra e R$ 5,665 na venda, mas chegou a bater R$ 5,701 na máxima intradia. Na B3, o contrato de dólar futuro para agosto fechou, portanto, quase no zero a zero, com ligeira alta de 0,04%, a 5,677 pontos.
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