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O dólar mantém alta devido às incertezas sobre cortes de juros pelo Fed e dados econômicos desfavoráveis.
O dólar continuou sua tendência de alta nesta quarta-feira, seguindo a correção nos mercados de ações e nos juros dos Treasuries. Essa movimentação ocorre em resposta às declarações do diretor do Federal Reserve, Christopher Waller, que dissipou as expectativas de cortes de juros iminentes e agressivos.
Waller afirmou que é prematuro considerar uma redução nos juros em março, dada a robustez da economia dos Estados Unidos. Além disso, dados recentes do varejo e da indústria americana reforçaram a visão de que a economia está em crescimento sólido, o que afasta a perspectiva de alívio nos juros.
Mercados reagem às palavras do diretor do Fed e aos dados econômicos dos EUA e China
O dólar continuou sua valorização hoje, refletindo as recentes movimentações nos mercados financeiros globais. Uma das principais razões para a alta da moeda norte-americana foi a postura firme do diretor do Federal Reserve, Christopher Waller, em relação às expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos. Waller deixou claro que é cedo para considerar qualquer redução nas taxas de juros, o que desencadeou uma reação de alta do dólar.
Além disso, os investidores também observaram atentamente os dados econômicos divulgados tanto nos EUA quanto na China. Nos Estados Unidos, números do varejo e da indústria indicaram que a economia está se mantendo forte, o que torna menos provável qualquer afrouxamento monetário em breve.
Na China, embora o PIB de 2023 tenha superado as expectativas, outros indicadores sugerem que o país está perdendo ritmo, o que coloca pressão sobre o Banco Central chinês para anunciar novos estímulos econômicos. Esses fatores combinados levaram a uma sessão desfavorável para as moedas emergentes em relação ao dólar.
No cenário doméstico brasileiro, o risco fiscal continua a preocupar os investidores, com negociações em andamento em Brasília sobre a MP da reoneração da folha de pagamentos. O ministro da Economia, Fernando Haddad, discutiu o assunto com o presidente Lula e planeja uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para tratar do tema.
O dólar à vista fechou em leve alta de 0,09%, a R$ 4,9301, após oscilar entre R$ 4,9237 e R$ 4,9547. Às 17h02, o dólar futuro para fevereiro subia 0,06%, a R$ 4,9380.
Bolsas de NY em queda devido a sinais mistos na economia e declarações do Fed
As bolsas de Nova York continuaram em território negativo nesta quarta-feira, seguindo um movimento de correção que se iniciou devido ao recuo do otimismo em relação ao ciclo de alívio monetário. Essa correção foi impulsionada pelas recentes declarações de dirigentes do Federal Reserve e pelos sólidos dados econômicos divulgados nos Estados Unidos.
O relatório conhecido como “Livro Bege” foi um dos principais fatores que contribuíram para a desaceleração do mercado. O documento revelou que a maioria dos distritos relatou estabilidade ou queda nos preços de insumos, com maior ênfase nos setores de manufatura e construção, nas últimas semanas. Essa notícia contrastou com as expectativas de que a inflação continuaria a aumentar, o que trouxe incerteza aos investidores.
No cenário das principais bolsas de valores, o índice Dow Jones caiu 0,25%, encerrando o dia aos 37.266,67 pontos, enquanto o S&P500 recuou 0,56%, fechando aos 4.739,21 pontos. O Nasdaq também perdeu 0,59%, com um encerramento em 14.855,62 pontos.
Um dos destaques do dia foi a recuperação das ações da Boeing, que haviam sido impactadas por um incidente envolvendo um voo da Alaska Airlines no início do mês. As ações da Boeing registraram um aumento de 1,27% após a Federal Aviation Administration (FAA) concluir as primeiras inspeções dos aviões da fabricante americana.
Além disso, os retornos dos Treasuries avançaram, com os juros dos títulos de 2, 5 e 10 anos subindo. Essa correção no mercado reflete a cautela dos investidores diante das incertezas e da volatilidade recentes nos mercados financeiros globais, enquanto aguardam por novos indicadores econômicos e orientações do Federal Reserve.
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