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O Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 0,1% na atividade econômica em janeiro em comparação a dezembro de 2023, considerando-se dados com ajuste sazonal. Na comparação interanual a economia cresceu 4,1% em fevereiro. No trimestre móvel interanual findo em janeiro o crescimento foi de 3,0%.
“O crescimento de 0,1% do PIB em janeiro, na comparação com dezembro, deve-se ao desempenho positivo da agropecuária e do setor de serviços, pela ótica da produção, e do consumo das famílias e da exportação, pela ótica da demanda. Em contrapartida, a indústria e a formação bruta de capital fixo (investimentos), retraíram no mês. Esse padrão é bastante semelhante ao observado no ano passado com crescimento sustentado pela agropecuária, serviços, consumo das famílias e exportações. Para 2024, há expectativa de melhora para os investimentos e a indústria, embora isto ainda não tenha sido observado no primeiro mês do ano. Isto se justifica pela expectativa da continuidade na redução da taxa de juros ao longo de 2024. Embora o ciclo de afrouxamento monetário tenha se iniciado em meados de 2023, há certa defasagem no alcance dos seus efeitos na atividade econômica, o que explica a persistência de resultados negativos em segmentos mais suscetíveis aos efeitos da política monetária no início do ano.”, segundo Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.
ANÁLISE DESAGREGADA DOS COMPONENTES DA DEMANDA
A análise gráfica desagregada dos componentes da demanda foi realizada na série trimestral interanual por apresentar menor volatilidade do que as taxas mensais e aquelas ajustadas sazonalmente, permitindo melhor compreensão da trajetória de seus componentes.
Consumo das famílias
O consumo das famílias cresceu 3,6% no trimestre móvel findo em janeiro. Nota-se, pelo Gráfico 2 do release, que todos os tipos de consumo contribuíram positivamente para este resultado, sendo os principais o consumo de serviços e de produtos não duráveis. No caso dos serviços, destacam-se a importação de serviços financeiros e do segmento relacionado a telecomunicações. O consumo de produtos não duráveis apresentou crescimentos mais disseminados, sendo o de maior destaque o relativo a produtos alimentícios.
Formação bruta de capital fixo (FBCF)
A FBCF retraiu 0,6% no trimestre móvel findo em janeiro. Embora ainda em terreno negativo, este resultado mostra tendência de melhora da FBCF que chegou a retrair 6,8% no terceiro trimestre de 2023. Além do crescimento de outros da FBCF e das menores quedas na construção, observou-se significativa redução da queda do componente de máquinas e equipamentos (-5,1%), que teve a menor retração em sete meses consecutivos. Na comparação mensal, o segmento de máquinas e equipamentos cresceu em janeiro após nove meses consecutivos de queda na comparação interanual.
Exportação
A exportação de bens e serviços cresceu 8,7% no trimestre móvel findo em janeiro. O grande destaque deste crescimento é a exportação de produtos agropecuários, porém diversos outros segmentos também cresceram. As quedas de exportações foram registradas nos bens de capital e intermediários, com significativo destaque para este último.
Importação
A importação de bens e serviços cresceu 2,5% no trimestre móvel findo em janeiro. Este resultado deve-se ao desempenho positivo da importação de serviços e de bens de consumo. Destaca-se negativamente a retração das importações de extrativa mineral.
PIB-FGV EM VALORES
Em termos monetários, estima-se que o PIB, em janeiro de 2024 em valores correntes, tenha sido de 997 bilhões e 4 milhões de Reais.
TAXA DE INVESTIMENTO
O Gráfico 6 do release destaca em duas linhas as médias das taxas de investimento: a laranja (em cima) mostra a média das taxas de investimento mensais desde janeiro de 2000 (17,9%); a cinza (em baixo), a média das taxas de investimento mensais desde janeiro de 2015 (16,3%). Observa-se que a taxa de investimento em janeiro de 2024 foi de 14,7%, na série a valores correntes. Este resultado é menor que a taxa de investimento média mensal considerando o período desde janeiro de 2015 e desde janeiro de 2000.
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