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Com uma dívida estimada em R$ 352,1 milhões, a Polishop entrou com pedido de recuperação judicial.
Na semana passada, a rede de varejo Polishop entrou com um pedido de recuperação judicial, após acumular uma dívida estimada em R$ 352,1 milhões.
De acordo com informações divulgadas, o pedido foi protocolado na 2ª Vara de Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo e aguarda decisão. Se o processo for aprovado, a empresa terá suas dívidas congeladas por 180 dias e vai preparar um plano de reestruturação.
A varejista que foi fundada pelo empresário João Appolinário em 1999 e chegou em seu auge, tendo cerca de 250 lojas em todo o Brasil, hoje enfrenta problemas financeiros e um endividamento com bancos que chegam a R$ 84 milhões e cerca de R$ 50 milhões com shoppings centers.
Segundo Appolinários, 42 lojas da Polishop foram fechadas entre 2023 e 2024 e afirmou que os problemas financeiros se avolumaram nos últimos anos, principalmente após a pandemia, pela dificuldade de pagar aluguéis nos shoppings.
No dia 03 de Abril deste ano, a Polishop obteve proteção judicial contra credores e ordem de despejo. A decisão deu um fôlego à empresa para que as atividades das lojas não fossem suspensas. O número de lojas hoje está em cerca de 120.
Wiz fecha parceria com a Polishop em novo serviço de seguros
A companhia Wiz (WIZS3), um dos principais nomes do setor de corretagem e seguros, informou que em parceria feita em Agosto de 2022, foram implementadas as condições precedentes para o fechamento da operação com o grupo varejista Polishop.
Com o fechamento da Operação, a Wiz passa a ser titular de 50% das quotas do capital social da Polishop Corretora de Seguros, uma nova corretora de seguros constituída para a comercialização de produtos de seguridade por meio dos canais de distribuição da Polishop, com exclusividade pelo prazo de 10 anos contados do fechamento da operação.
O conselho de administração da Polishop Seguros será composto por três membros, dos quais um será indicado pela Wiz, outro será indicado pela Polishop e o terceiro será independente, indicado em comum acordo entre as duas empresas.
Em entrevista, o CEO da Wiz, Heverton Peixoto, afirmou que dois fatores explicam a decisão da companhia de atuar na indústria de varejo: o interesse de varejistas em se tornarem mais rentáveis e a necessidade dos players do setor de oferecer uma oferta cada vez mais completa.
“Quando você junta esses dois fatores – o interesse dos varejistas de aumentar sua rentabilidade e buscar oportunidades num momento desafiador com o fato de que precisam complementar sua oferta -, a Wiz vem como uma solução ideal”, disse o executivo.
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