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O ETF de Bitcoin da BlackRock, iShares Bitcoin Trust (IBIT), alcançou um marco significativo na última quarta-feira, registrando entradas líquidas de mais de US$ 872 milhões, conforme dados recentes. Este número representa o maior volume de captação desde o início do fundo em janeiro, superando o recorde anterior registrado em março deste ano.
Especialistas do setor sugerem que o crescimento robusto nas entradas está alinhado à flexibilização das políticas monetárias globais, à medida que bancos centrais reduzem as taxas de juros e aumentam a liquidez. Essa conjuntura oferece acesso facilitado ao capital, encorajando investidores a apostarem em criptoativos como forma de diversificação de portfólio.
Rachael Lucas, analista de criptomoedas da BTCMarkets, apontou que as expectativas em torno de uma possível vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA também podem ter intensificado o interesse por criptoativos, incluindo o Bitcoin. Segundo Lucas, a busca por proteção diante de mudanças econômicas e políticas leva investidores a optarem por ativos digitais, elevando a demanda pelos ETFs de Bitcoin.
Entradas recordes e movimentações adicionais Na quarta-feira, a soma total das entradas líquidas em ETFs de Bitcoin nos EUA alcançou US$ 893,21 milhões, representando a segunda maior captação da história. Além do IBIT, outros seis ETFs de Bitcoin apresentaram resultados positivos no dia, incluindo o ETF da Fidelity (FBTC), com US$ 12,57 milhões em entradas. Por outro lado, fundos como ARKB (da Ark Invest e 21Shares), HODL (da VanEck) e BTCO (da Invesco) registraram entradas menores, abaixo de US$ 8 milhões cada.
Um ponto a destacar é que, em contraste com a movimentação positiva, o fundo BITB, da Bitwise, registrou saídas líquidas de US$ 23,89 milhões, enquanto quatro outros ETFs, como o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), não tiveram alterações de capital.
Impacto e perspectivas futuras As fortes captações dos ETFs de Bitcoin elevaram o total acumulado de entradas líquidas para US$ 24,18 bilhões, com um volume de negociações que somou US$ 1,97 bilhão na quarta-feira. Embora seja um número expressivo, é uma queda em relação ao volume de US$ 4,75 bilhões registrado no dia anterior.
A aproximação das eleições presidenciais nos EUA, marcadas para 5 de novembro, é vista como um catalisador de volatilidade para os ETFs de Bitcoin. Lucas prevê que essa tendência deve continuar, com investidores buscando estratégias para proteger seu capital em meio a potenciais mudanças políticas e econômicas.
Segundo o analista Eric Balchunas, da Bloomberg, o crescimento impressionante de entradas líquidas no IBIT pode elevar a quantidade de Bitcoins mantidos por ETFs nos EUA para mais de 1 milhão. Ele projeta que, até o final de novembro, os ETFs de Bitcoin poderão se tornar os maiores detentores de Bitcoins no mundo, ultrapassando os 1,1 milhão de BTC atribuídos a Satoshi Nakamoto, o criador do Bitcoin.
ETFs de Ethereum também registram movimentação Além dos ETFs de Bitcoin, os ETFs de Ether (ETH) registraram entradas líquidas, embora em escala menor, totalizando US$ 4,36 milhões. O destaque ficou por conta do fundo FETH da Fidelity, que captou US$ 5,32 milhões, enquanto o CETH da 21Shares somou US$ 2,66 milhões em entradas. Em contrapartida, o fundo ETHW da Bitwise registrou saídas líquidas de US$ 3,63 milhões.
O volume de negociações dos nove ETFs de Ether foi relativamente baixo, com US$ 220 milhões movimentados, e as saídas acumuladas nesses fundos chegaram a US$ 493,57 milhões.
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