Um levantamento realizado pela Nomad, fintech que facilita o acesso dos brasileiros a uma vida financeira global, mostrou que os Estados Unidos continua sendo o destino favorito dos viajantes no exterior. Portugal aparece em segundo lugar e a Itália em terceiro, como sendo os países mais visitados em 2022, ano em que o turismo voltou a aquecer após a reabertura das fronteiras internacionais e o fim das restrições impostas pela pandemia do coronavírus.
A pesquisa se propôs a entender o perfil do viajante no exterior a partir do cruzamento dos dados de 50 mil clientes da empresa que realizaram viagens internacionais em 2022. “A análise dessas informações nos ajuda a prever tendências de consumo e a antecipar soluções para que o turista brasileiro tenha uma experiência cada vez melhor com a Nomad”, revela Lucas Vargas, CEO da Nomad.
Sobre os gastos em viagens, 41% dos brasileiros transacionaram até US$ 1 mil dólares no cartão, provando que é possível se programar para uma viagem internacional com menos dinheiro do que se imagina. Apenas 36% dos turistas gastaram mais de US$ 2 mil dólares por viagem. “Embora muitos viajantes ainda levem dólares na carteira, temos observado um aumento no número de clientes que preferem viajar apenas com o cartão Nomad, aproveitando a possibilidade de fazer saques nos caixas eletrônicos de outros países”, esclarece Caio Fasanella, Head de Investimentos da Nomad.
De acordo com a pesquisa, 65% dos viajantes são homens e 37% dos viajantes de ambos os sexos estão na faixa etária entre 30 e 40 anos. Em segundo lugar, representando 29% dos turistas, estão os adultos entre 40 e 50 anos. Já os mais jovens, entre 20 e 30 anos, ocupam o terceiro lugar, sendo 17% do total. “Podemos concluir que a idade média do viajante global é 39 anos”, diz Vargas.
Os estados de onde partiram o maior número de viajantes foram São Paulo, em primeiro lugar, com 44% do total analisado, seguido do Rio de Janeiro com 11% e Minas Gerais com 7,7%. Sobre o tempo de cada viagem, os dados mostram que 33% das viagens duraram uma semana e 25% das viagens tiveram uma duração maior de até duas semanas.
Outro ponto observado é que a maioria dos brasileiros que vão para Europa, cerca de 75%, passam por mais de um país.
“Isso acontece pela facilidade no deslocamento entre os países europeus. Por conta das distâncias mais curtas, é possível aproveitar a viagem para expandir o roteiro”, explica o CEO.
O turismo de compras também é algo comum entre os viajantes que visitam os Estados Unidos. Prova disso é que a pesquisa aponta a loja oficial da Apple como a preferida dos brasileiros, seguida pela Ross Dress For Less, Walmart e Best Buy.
Recorde de remessas no exterior
O brasileiro nunca enviou tanto dinheiro para fora do Brasil. No período de janeiro a junho deste ano, houve um crescimento no envio de remessas internacionais que atingiu o patamar mais alto da série histórica do Banco Central, somando US$ 165.680 milhões.
Em maio, época em que o dólar oscilou abaixo dos R$ 5, a Nomad bateu seu recorde de remessas, alcançando um total três vezes maior do que em dias com o dólar mais elevado.
“O número de contas abertas nesses períodos de baixa no dólar também aumentou o equivalente a 25%, em comparação aos períodos de câmbio menos favoráveis”, afirma Fasanella.
De acordo com o executivo, alguns dos atrativos da conta internacional em dólar da Nomad são a economia de até 10% em transações internacionais, possibilidade de parcelar os valores das compras feitas no exterior, além do investimento em mais de mil ações, 668 ETFs e 121 fundos imobiliários norte-americanos, todos acessíveis a partir de US$ 1 dólar e sem taxa de corretagem.