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Especialistas comentam a alta inflação dos EUA e seu reflexo no setor de criptoativos
Com recorde de inflação atingindo o país, os EUA procuram formas de conter a alta. Uma das saídas encontradas pelo Fed foi o aumento da taxa de juros, o que fez as criptomoedas subirem e ficarem ainda mais valorizadas trazendo otimismo para esse mercado.
Em 2022 são esperados novos aumentos de taxas, o que pode fazer com que muitos investidores fujam de apostar em ativos de riscos e tentem se aprofundar em moedas digitais como as criptomoedas, consideradas de alto potencial no mundo digital.
Para Andrey Nousi, CFA e fundador da Nousi Finance, o cenário pede cautela para todos os ativos de risco e tudo que é relacionado a investimentos.
“Não foi um fato isolado somente em criptos. Vimos a bolsa americana caindo, Ibovespa caindo, criptos caindo, bolsas europeias caindo. Vimos o aumento da correlação entre os ativos justamente por conta de um mau humor, uma preocupação que vemos nos mercados, de que possivelmente uma recessão poderia estar chegando nos Estados Unidos, e como é que se comportaria o mercado que tem uma alta alavancagem? Fatalmente isso impacta nas criptos, nada fica isolado e demonstra que cada vez mais os ativos ficam relacionados ao mercado por conta de uma maior adoção”.
Afirma Nousi.
Além desse momento de instabilidade, o Fed vem sendo muito criticado diante de sua postura com a atual inflação americana.
“Existia a hipótese que o Fed iria aumentar 0,75% a taxa, porque a inflação está bombando nos Estados Unidos e o Fed está sendo muito criticado por ter demorado muito, sido meio que ineficiente para conter a inflação”
Afirma o especialista Felipe Veloso, economista e fundador da Cripto Mestre.
De acordo com Veloso, o mercado estava esperando uma taxa maior e veio uma taxa menor, o que causou uma grande empolgação no mercado. “Dando alívio de curto prazo e não mudará já que estamos em um ano de sangria, e o Fed vai continuar subindo a taxa de juros durante todo esse ano”, explica Veloso.
O fundador da Nousi Finance alerta para o número da inflação nos Estados Unidos e seu pico.
“Se começarmos a ver o número de inflação que atingiu talvez o pico máximo pro mês de abril, poderíamos prever a reversão desse cenário, caso contrário a tendência é que as coisas continuem a ficar mais complicadas diante um cenário que o Fed precisa ser mais agressivo com o aumento da taxas de juros e consequentemente os ativos de riscos que sofrem”.
Explica.
O especialista Felipe Veloso explica ainda que a movimentação traz alívio no curto prazo.
“O Fed vai continuar tirando dinheiro de circulação, vai parar o famoso ‘dinheiro fácil’ e vai continuar subindo a taxa de juros, inclusive o mercado espera que ele suba em todas as reuniões que tiverem do Fed durante esse ano”.
Conclui.
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