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O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) anunciou hoje (21/09) a elevação na taxa de juros do tesouro americano em 0,75%, confirmando, assim, as apostas da maioria dos investidores. A variação foi feita ao intervalo de 3% – 3,25% a.a.
Corroborando com as expectativas do mercado, o diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart XP, André Meirelles, afirma que o mercado passou a precificar uma alta desta magnitude após a surpresa negativa do CPI de agosto, o índice de inflação dos Estados Unidos. Divulgado na semana passada, o índice aumentou 0,1%, valor superior às expectativas de –0,1%.
Segundo o presidente da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell, será necessário elevar os juros a um nível restritivo e mantê-lo nesse patamar por um tempo. “A medida é para trazer a inflação de volta à meta de 2% a.a”, afirma Meirelles.
O Brasil também sentiu o impacto da movimentação. Segundo o diretor da InvestSmart, a curva de juros brasileira apresentou queda em todos os vértices.
“Para o final do ano, mais da metade dos membros do comitê projeta uma taxa de juros no intervalo de 4,25% – 4,5%”, explica o executivo.
Para Meirelles, as próximas decisões devem permanecer atreladas a dados de inflação e atividade. “Além de problemas ligados à oferta, a composição do CPI está, em grande parte, conectada a preços sensíveis aos juros, o que tende a pressionar o FED a adotar uma política monetária mais restritiva”, afirma.
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