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- O Goldman Sachs elevou a recomendação para as ações preferenciais (PN) do Bradesco (BBDC4) de neutra para compra
- Isto, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24)
- O banco americano também ajustou seu preço-alvo para as ações, passando de R$ 14 para R$ 17,50
O Goldman Sachs elevou a recomendação para as ações preferenciais (PN) do Bradesco (BBDC4) de neutra para compra. Isto, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24).
O banco americano também ajustou seu preço-alvo para as ações, passando de R$ 14 para R$ 17,50, o que representa um potencial de valorização de 17% em relação ao fechamento da última sexta-feira (16). Na abertura do pregão desta segunda-feira (19), às 10h15 (horário de Brasília), as ações do Bradesco estavam em alta de 2,61%, negociadas a R$ 15,36.
O aumento na recomendação reflete o desempenho superior ao esperado nos resultados do 2T24. O Goldman Sachs destacou que a qualidade dos ativos do banco e a inflexão positiva na margem financeira de clientes são fatores favoráveis.
Os analistas veem sinais de uma recuperação cíclica, além de indícios de uma melhoria estrutural nas operações do Bradesco.
“Acreditamos que o banco está no caminho certo para entregar ROE [retorno sobre o patrimônio líquido] pelo menos em linha com seu custo de capital nos próximos trimestres, à medida que o crescimento dos empréstimos acelera, a margem líquida de juros (NIM) se expande e a qualidade dos ativos melhora”, avalia o Goldman.
Os analistas responsáveis pelo relatório acreditam que o crescimento dos empréstimos pode ser impulsionado por um foco renovado em crédito para pequenas e médias empresas (PMEs). Com uma melhora trimestral significativa, o Bradesco, no entanto, ainda tem potencial para expandir sua participação de mercado. Essa expansão, contudo, pode acelerar a receita e melhorar a eficiência. Isto, embora a eficiência ainda esteja abaixo da média dos concorrentes brasileiros, de acordo com a equipe de análise.
“Embora a ação tenha subido 17% no último mês, ela teve desempenho inferior aos seus pares bancários do Brasil em uma base no acumulado do ano”, destaca o Goldman.
Projeções de lucro
A equipe de análise aumentou as projeções de lucro líquido após os resultados, elevando a estimativa para 2024 em 9% para R$ 19,5 bilhões, para 2025 em 7% para R$ 25,5 bilhões, e para 2026 em 4% para R$ 29,5 bilhões.
“Nossas estimativas aumentam com provisões menores, dados os ventos favoráveis da qualidade dos ativos e uma receita líquida de juros modestamente maior, já que o banco começou a impulsionar o crescimento dos empréstimos após vários anos de perdas de participação de mercado. Embora o banco possa enfrentar desafios para expandir a participação de mercado em empréstimos ao consumidor, dada a forte concorrência das fintechs, achamos que ele tem espaço para ganhar participação em um mercado de PMEs relativamente menos competitivo, onde historicamente teve uma vantagem relativa”, avalia a equipe de análise.
Assim, a expectativa é de uma recuperação robusta dos lucros, com crescimento projetado de 19% em 2024, 31% em 2025 e 16% em 2026, após vários anos de declínios. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) deve melhorar gradualmente. Dessa forma, alcançando 11,9% em 2024, 14,8% em 2025 e 15,7% em 2026.
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