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ConectaBR, novo programa do governo, busca otimizar a qualidade da banda larga móvel (4G e 5G) no Brasil.
O governo federal introduziu o programa ConectaBR, uma iniciativa nacional destinada a aprimorar a cobertura e a qualidade da banda larga móvel no Brasil, abrangendo as tecnologias 4G e 5G. O principal objetivo do programa é expandir as áreas com acesso à internet no país, minimizar as desigualdades regionais e promover o desenvolvimento socioeconômico.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) será responsável pelo desenvolvimento, implementação, monitoramento e avaliação da prestação do serviço. O programa também estabelece padrões de desempenho, exigindo das operadoras velocidades mínimas específicas para cada tecnologia e prevendo sanções para aquelas que não cumprirem os requisitos.
Programa visa ampliar cobertura e qualidade da banda larga móvel, com foco nas tecnologias 4G e 5G
A era digital no Brasil está prestes a receber um impulso significativo. O governo federal, reconhecendo a importância da conectividade em um mundo cada vez mais digitalizado, lançou o ConectaBR. Este programa tem como meta principal aprimorar a cobertura e a qualidade da banda larga móvel no país, especialmente nas tecnologias 4G e 5G.
Uma das principais metas do ConectaBR é reduzir as desigualdades regionais em termos de acesso à internet, garantindo que mais brasileiros, independentemente de onde residam, possam se beneficiar da conectividade de alta velocidade. Além disso, o programa visa impulsionar o desenvolvimento social e econômico, reconhecendo o papel vital que a internet desempenha na educação, no comércio e na inovação.
A Anatel, que tem a responsabilidade de desenvolver e implementar o projeto, também monitorará e avaliará a prestação de serviço. O programa estabelece padrões claros de desempenho, exigindo, por exemplo, que as operadoras garantam uma velocidade mínima de 10 Megabytes por segundo para a tecnologia 4G e 100 Megabytes por segundo para o 5G.
Além disso, o ConectaBR prevê sanções por meio da Anatel para operadoras que não atendam aos padrões estabelecidos. No entanto, aquelas que se destacarem na prestação de serviços de alta qualidade receberão um selo de reconhecimento.
A iniciativa foi lançada durante a primeira Blitz da Telefonia Móvel em São Luís, Maranhão, onde foram realizadas medições de sinal e taxa de download. Esta blitz foi apenas o começo, com outras cidades, como Cuiabá e João Pessoa, previstas para receberem monitoramentos semelhantes ainda em 2023.
Brasil fica na 49ª posição em qualidade de vida digital
O Índice DQL 2023 avalia cinco pilares – preço e qualidade da internet, infraestrutura, segurança e serviços do governo em forma eletrônica. Dentre 121 países, a França ficou em 1º lugar, seguida por Finlândia e Dinamarca.
Já no quesito preço, o Brasil ocupa a 32ª posição em ranking mundial de preços de internet móvel.
No país, 1 GB custa 0,40 dólar. A pesquisa, realizada em 237 países, mostra que na América do Sul, a Colômbia possui os preços mais em conta (0,20 dólar por GB), ficando em 10º lugar global. Israel fica na liderança (cobrando 0,02 de dólar por GB) e Zimbábue em último lugar (43,75 dólares por GB).
Anatel aponta melhoria de serviços de internet; usuários seguem reclamando de quedas de conexão
Embora dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apontem uma maior satisfação do consumidor brasileiro com os serviços de telefonia celular e internet, parlamentares destacaram, em debate, que problemas com a conexão continuam sendo frequentes. As comissões de Defesa do Consumidor e a de Comunicação da Câmara do Deputados discutiram, na quarta-feira (23), formas de melhorar o serviço no País.
Segundo o superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, Gustavo Borges, as reclamações referentes à qualidade no acesso à internet caíram.
“Há uma redução anual de reclamações no portal da agência nos canais de atendimento, e isso é reverberado nos índices de satisfação. Ano a ano a gente tem um aumento da percepção, das notas dos consumidores”, disse Borges.
Deputados que participaram da audiência questionaram os dados da Anatel. A deputada Gisela Simona (União-MT), que comandou o Procon do estado dela, afirmou que os brasileiros têm o hábito de só fazer uma queixa oficial quando o problema é cobrança indevida.
“O consumidor brasileiro não vai ao Procon reclamar que aqui não pega ou aqui tá pegando ruim ou tá tendo interrupção da minha chamada. Isso é importante ficar claro porque, quando se fala que tá caindo a reclamação, parece que os problemas de telecomunicação no País estão caindo e isso não é verdade”, afirmou.
O deputado Gilvan Maximo (Republicanos-DF), que pediu o debate, disse que há problemas no sinal de telefonia móvel inclusive na capital do País. “No DF, que é a capital da República, virou artigo de luxo falar no telefone sem cair a ligação. O sinal é precário. Todos sabem disso”, reclamou.
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