- A Hidrovias do Brasil (HBSA3) registrou prejuízo líquido de R$ 49 milhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 71 milhões no mesmo período de 2023
- O Ebitda ajustado da empresa caiu de R$ 262 milhões no 3T23 para R$ 175 milhões no 3T24, com a margem Ebitda ajustada recuando de 49% para 36%
- A receita líquida da Hidrovias do Brasil permaneceu estável, somando R$ 489 milhões, ligeiramente acima dos R$ 485 milhões do 3T23
- A empresa movimentou 1,962 milhões de toneladas de carga no 3T24, uma retração de 16% em relação ao mesmo período de 2023
- A dívida líquida da companhia subiu 8% no trimestre, atingindo R$ 3,544 bilhões, refletindo principalmente a marcação a mercado das dívidas dolarizadas
A Hidrovias do Brasil (HBSA3) registrou um prejuízo líquido de R$ 49 milhões no terceiro trimestre de 2024 (3T24), revertendo o lucro de R$ 71 milhões registrado no mesmo período de 2023. Esse resultado negativo foi impulsionado principalmente pela elevação nos custos operacionais e pelo aumento nas despesas. Além de uma queda expressiva no Ebitda ajustado da companhia.
O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda) ajustado da Hidrovias do Brasil caiu de R$ 262 milhões no 3T23 para R$ 175 milhões no 3T24. Assim, representando uma redução de cerca de 33%. Consequentemente, a margem Ebitda ajustada também recuou de 49% para 36%, uma queda de 12,7 pontos percentuais. Esses fatores refletem uma pressão nos resultados operacionais da empresa, afetada por custos mais elevados e menores margens de rentabilidade.
Receita líquida estável
Por outro lado, a receita líquida permaneceu praticamente estável, somando R$ 489 milhões, ligeiramente superior ao registrado no 3T23, quando foi de R$ 485 milhões. Isso indica que, apesar dos desafios enfrentados, a empresa conseguiu manter a estabilidade na geração de receita, mesmo com os custos e despesas em alta.
Os custos operacionais aumentaram 13%, atingindo R$ 266 milhões, enquanto as despesas operacionais cresceram ainda mais, 28%, totalizando R$ 69 milhões. O aumento nos custos e despesas reflete tanto a pressão inflacionária no setor quanto a necessidade de ajustes operacionais da empresa.
A movimentação de carga também apresentou uma queda significativa, com a Hidrovias do Brasil transportando 1,962 milhões de toneladas de cargas no 3T24. Assim, uma redução de 16% em comparação ao mesmo período de 2023. O declínio ocorreu principalmente devido à menor capacidade de navegação no final do trimestre, causada pelas condições de calado, que limitaram a capacidade da empresa de transportar cargas.
Volatilidade cambial
Além disso, a companhia encerrou o trimestre com uma dívida líquida de R$ 3,544 bilhões, um aumento de 8% em relação ao 3T23. Esse aumento foi impactado pela marcação a mercado das dívidas dolarizadas, que representam 77% do endividamento total da empresa, refletindo a volatilidade cambial e o custo do financiamento no exterior.
Esses resultados indicam que a Hidrovias do Brasil ainda enfrenta desafios significativos no ambiente econômico atual, com pressão nos custos operacionais, aumento do endividamento e uma performance mais fraca no volume de cargas transportadas. A empresa, contudo, segue buscando alternativas para mitigar esses impactos e melhorar sua rentabilidade no futuro próximo.