Nesta terça-feira (26), o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa, encerrou o pregão com alta de 0,68%, alcançando 129.922 pontos. Durante o dia, o índice oscilou entre a mínima de 129.042 pontos e a máxima de 130.361, refletindo uma sessão volátil impulsionada por ganhos no setor financeiro e no varejo, enquanto a mineradora Vale apresentou queda expressiva, atuando como um limitador dos avanços.
Destaques do pregão
Os papéis dos bancos tiveram um dia de valorização significativa, com Itaú Unibanco (ITUB4) subindo 1,91% e Bradesco (BBDC4) avançando 1,85%. Segundo analistas, o setor financeiro foi beneficiado pela expectativa de melhora nos índices de inadimplência, após dados recentes que apontam para uma recuperação gradual da economia brasileira.
No varejo, Magazine Luiza (MGLU3) destacou-se com alta de 6,29%, seguida pela Lojas Renner (LREN3), que subiu 5%. O otimismo é atribuído às projeções de vendas para a Black Friday, que podem superar as do ano anterior, impulsionadas pelo aumento na renda média das famílias e pela queda nos preços dos insumos.
Por outro lado, a Vale (VALE3), um dos principais pesos no índice, recuou 0,76%, pressionada pela desvalorização do minério de ferro no mercado internacional. Esse movimento reflete incertezas quanto à demanda chinesa, principal destino das exportações da empresa.
Movimento internacional e indicadores
O desempenho do Ibovespa também foi influenciado pelo cenário externo, com bolsas norte-americanas encerrando em alta moderada. O índice S&P 500 subiu 0,4%, enquanto o Nasdaq avançou 0,3%. O dólar, por sua vez, registrou queda de 0,7%, encerrando o dia cotado a R$ 4,90, favorecendo empresas brasileiras expostas ao mercado externo.
Internamente, o mercado reagiu positivamente à divulgação da prévia do PIB do terceiro trimestre, que mostrou crescimento de 0,7%, superando expectativas. Esse dado reforça a visão de uma recuperação econômica mais sólida, alimentando o apetite por ativos de risco.
Perspectivas
Especialistas avaliam que a trajetória do Ibovespa dependerá das negociações em torno do plano fiscal do governo federal, que ainda gera dúvidas quanto à sua viabilidade.
Além disso, a política monetária segue como foco, com o Banco Central devendo anunciar nos próximos dias novas medidas de estímulo ao crédito, em um esforço para acelerar o crescimento.
Com esse desempenho, o Ibovespa acumula alta de 2,3% em novembro, sinalizando um mês positivo em meio a incertezas globais e desafios domésticos. A depender da continuidade das reformas econômicas e da performance do comércio global, o índice poderá encerrar o ano próximo ao patamar de 130 mil pontos.