O Mercado Livre, por meio da sua fintech Mercado Pago, introduziu uma nova maneira de seus clientes ganharem stablecoins por meio de cashback em dólar. A novidade está integrada ao programa de fidelidade Meli+, oferecendo um retorno instantâneo de 0,6% para todas as compras feitas com o cartão de crédito da plataforma, podendo chegar a até R$ 100 por mês.
Os valores devolvidos são convertidos em Meli Dólar, uma stablecoin atrelada ao dólar americano, e podem ser utilizados para novas compras na plataforma Mercado Livre. Além disso, clientes têm a opção de manter ou vender a stablecoin pelo próprio aplicativo do Mercado Pago.
Cashback e benefícios adicionais
O cashback em dólar traz vantagens adicionais para clientes que utilizam o cartão de crédito do Mercado Pago. Compras realizadas no Mercado Livre usando esse cartão geram um cashback ainda maior, de até 5,6%, com um bônus adicional de R$ 20 por mês.
“O cartão de crédito é um produto que vem aumentando a satisfação dos nossos usuários, contribuindo para que eles passem a utilizar o Mercado Pago como a sua conta principal”, afirmou Ignácio Estivariz, vice-presidente de banco digital do Mercado Pago no Brasil. Segundo ele, o cashback em Meli Dólar demonstra como os clientes podem aproveitar o ecossistema financeiro da empresa.
Além do cashback, o programa Meli+ permite aos assinantes usufruírem do rendimento da conta sem a exigência de um aporte mínimo de R$ 1.000 mensais. Em comemoração ao atingimento da marca de 14 milhões de usuários, a conta está rendendo 110% do CDI até o final de outubro, como parte da ação promocional Programa Estrela da Casa.
Expansão do Mercado Livre no mercado cripto
O Mercado Livre tem expandido suas operações no mercado de criptomoedas desde 2021. Em maio daquele ano, a empresa anunciou a compra de R$ 40 milhões em bitcoin para sua reserva financeira. Já em dezembro, o Mercado Pago começou a permitir a compra de bitcoin diretamente pelo aplicativo, com transações a partir de R$ 1,00.
Com essas iniciativas, a empresa, sob a liderança de Marcos Galperin, continua a consolidar sua presença no mercado cripto no Brasil, integrando soluções digitais e stablecoins ao seu portfólio de serviços.
Fundador do Mercado Livre declara apoio ao Bitcoin
Ainda sobre o Mercado Livre, Marcos Galperin, fundador e CEO da gigante, reafirmou recentemente sua defesa ao Bitcoin (BTC), destacando a importância da criptomoeda como uma alternativa aos sistemas financeiros tradicionais. Em entrevista ao jornal argentino La Nación, Galperin ressaltou o papel crucial que o Bitcoin pode desempenhar no futuro financeiro, especialmente em momentos de instabilidade econômica e aumento do controle estatal.
Galperin foi um dos primeiros grandes empresários a investir no Bitcoin, tendo realizado sua primeira compra em 2013. Desde então, ele se tornou um defensor da criptomoeda, frequentemente discutindo seu potencial para transformar o cenário financeiro global. Durante a entrevista, ele enfatizou que o Bitcoin oferece uma moeda que não é controlada por governos ou instituições financeiras, proporcionando maior liberdade e proteção aos seus usuários.
Para o executivo, o controle que os governos exercem sobre as políticas monetárias pode gerar sérias consequências econômicas, como a desvalorização da moeda e a inflação. Segundo Galperin, o Bitcoin surge como uma solução viável para proteger os indivíduos desses riscos.
“O Bitcoin oferece estabilidade ao ser uma moeda que protege as pessoas contra a inflação e a desvalorização forçada”, afirmou ele.
Além disso, o fundador do Mercado Livre destacou que as criptomoedas, especialmente o Bitcoin, terão um papel fundamental no futuro das finanças pessoais. Ele acredita que, à medida que os governos enfrentam déficits fiscais crescentes, haverá uma busca por moedas alternativas que não possam ser manipuladas.
“As criptomoedas vão desempenhar um papel muito importante no futuro financeiro das pessoas”, declarou Galperin, prevendo um aumento na adoção de ativos digitais.
Essa visão é refletida não apenas em suas declarações públicas, mas também na maneira como ele conduz sua própria empresa. O Mercado Livre, uma das maiores plataformas de comércio eletrônico da América Latina, já adicionou Bitcoin à sua tesouraria corporativa. Até agosto de 2024, a empresa detinha 412 Bitcoins em suas reservas, seguindo a tendência de grandes companhias globais que utilizam a criptomoeda como uma forma de diversificação de ativos e proteção financeira.