Como comprar na Shein: veja o passo-a-passo nesse tutorial

Caso esteja decidido a comprar, você pode clicar no botão “Adicione ao Carrinho”. Automaticamente, a Shein apresenta outras opções para encher o carrinho. Mas caso já tenha encontrado o que procura, basta clicar no ícone da sacola de mercado, conforme a imagem abaixo. A próxima etapa será a confirmação de dados.

Como comprar na Shein: Confirmando os dados

Conforme as imagens acima, irão aparecer primeiramente os dados a respeito do produto escolhido. Se estiver tudo certo, basta clicar no botão “Finalizar“. A próxima etapa será a confirmação do endereço para entrega da compra e a forma de pagamento.

Se os dados para entrega, frete e pagamento tenham sido confirmados, então clique no botão “Continuar Compra“. A partir daí, basta pagar e aguardar pela entrega.

Por fim, você pode acompanhar a situação de suas compras tanto pelo aplicativo, como por meio do site da Shein. Para isso, basta acessar o seu perfil de usuário em ambos os casos.

Taxação dos Produtos – Como comprar na SHEIN

De modo geral, ao comprar na Shein, o produto costuma chegar direto na casa do consumidor. Entretanto, muitas vezes há a chance das compras caírem na fiscalização da Receita Federal. Assim, qualquer remessa internacional enviadas de pessoa jurídica para pessoa física tinha que pagar 60% de imposto, sem ter em conta o valor.

Em março desse ano, notícias alegando que o Governo Lula flerta taxar sites chineses começaram a vir à tona. Isso porque muitas empresas estrangeiras conseguem burlar as regras de tributação, o que gera revolta entre as varejistas nacionais e seus clientes.

A Shein, por exemplo, é acusada de utilizar práticas irregulares que se aproveitam da isenção de imposto de importação para compras de até US$ 50 (R$ 260) para pessoas físicas.

Uma das maneiras mais comuns para fugir da taxação é distribuir um mesmo pedido em diversos pacotes. Isso faz com que a compra seja considerada como várias compras de valor inferior a US$ 50, o que isenta a empresa da taxa de importação.

Desse modo, os consumidores que são fãs da Shein passaram a temer que a empresa fosse taxada, o que levaria a aumentar bem o preço dos produtos. Muitos têm na Shein uma opção mais acessível para comprar roupas e acessórios de moda.

Mudanças – Como comprar na SHEIN

A partir do dia 1º de agosto de 2023, as compras de até US$ 50 não estarão mais sujeitas ao imposto de importação, uma iniciativa do governo para regulamentar essas transações e reduzir fraudes.

Sendo assim, o governo decidiu não mais cobrar o imposto de importação sobre compras internacionais de até US$ 50. Essa mudança tem o objetivo de deixar mais fácil ter produtos estrangeiros, tornando-os mais acessíveis para os consumidores brasileiros. Isso é somente para as compras feitas por brasileiros, de produtos originários de empresas de fora. Portanto, compras feitas de pessoa física para pessoa física continuam com o regime anterior, sendo isentas de taxação.

A isenção do imposto só será válida para empresas que aderirem ao programa de conformidade da Receita Federal. Esse programa exige que as empresas forneçam mais detalhes sobre a transação, incluindo informações sobre vendedor, comprador e venda. Além disso, as empresas ainda serão responsáveis por recolher o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) devido a estados e ao Distrito Federal.

Antes, uma compra de US$ 40 poderia ter um adicional de até 60% (US$ 24) em impostos. Agora, com a nova regra, se a empresa estiver inscrita nesse programa, a única taxa adicionada seria o ICMS estadual, que é de 17%, resultando em um acréscimo de US$ 6,80.

Então, a principal razão por trás dessa mudança é tornar regular a entrada de produtos que vem de fora, no Brasil. Com uma média diária de 500 mil a 1 milhão de pacotes chegando ao país, o governo busca facilitar esse fluxo e ao mesmo tempo combater fraudes, garantindo que o processo ocorra dentro da lei.

Os preços irão subir?

As empresas que adotarem o programa Remessa Conforme sofrerão alterações nas taxas e impostos incidentes sobre suas importações. Esta medida não se limita apenas às compras transportadas pelos Correios, mas se estende também às entregas feitas por empresas privadas. O não cumprimento do programa sujeitará as empresas à cobrança de imposto de importação em compras de qualquer valor.

A principal mudança está na aplicação do ICMS. Antes, a alíquota deste imposto ia de acordo com o estado de destino da mercadoria. A partir de agora, há uma uniformização, e todas as compras sofrerão uma cobrança fixa de ICMS no valor de 17%. Ainda mais, pacotes com valores superiores a US$ 50 sofrerão a incidência do imposto de importação, cuja alíquota é de 60%.

Segundo Fábio Baracat, CEO da Sinerlog, empresa especializada em tecnologia para compras internacionais, o preço final dos produtos deve subir para as empresas que optarem por aderir ao programa de conformidade.

A razão principal é a cobrança do ICMS sobre todas as compras e a incidência do imposto de importação em encomendas com valor acima de US$ 50. Vale destacar que, embora o ICMS tenha sido sempre devido, antes apenas as encomendas que eram identificadas na fiscalização eram de fato taxadas.

Assim, pode-se imaginar que a Shein, assim como outras empresas que importam produtos para o Brasil, terá de reavaliar sua estratégia de preços, e pode ser que irá repassar esses custos adicionais para o consumidor.

A Shein já aderiu

Com essa certificação do Remessa Conforme, a compra não terá mais a necessidade de ir até Curitiba para passar pela verificação da Receita Federal, já que lá está um dos maiores terminais alfandegários. Assim, a expectativa é que grande parte da carga da SHEIN passe a ser fiscalizada em São Paulo, permitindo que objetos cheguem mais rápido para o cliente final.

Entre os dias 23 e 25 de setembro, o centro de Processamento dos Correios no Aeroporto de Internacional de Guarulhos recebeu as primeiras remessas da SHEIN de acordo com as regras do Remessa Conforme. Cerca de 200 toneladas em mercadorias foram levadas, na sequência, para o Centro Internacional dos Correios (CEINT), no bairro do Jaguaré, na cidade de São Paulo para devido tratamento e controle aduaneiro das cargas, executado pela Receita Federal.

A participação da SHEIN no Remessa Conforme foi comunicada de forma oficial no dia 14 de setembro, conforme Ato Declaratório Executivo emitido pela Receita Federal do Brasil, publicado no Diário Oficial da União. Além da certificação, a SHEIN também assumiu o compromisso inicial de subsidiar até 100% do valor do ICMS que incide sob os produtos para todas as compras abaixo de US＄ 50.

Alega-se que essa é uma iniciativa da empresa para beneficiar os clientes brasileiros e reforçar a missão da empresa de tornar a beleza da moda acessível para todos.

Por que a SHEIN é tão barata?

A SHEIN, de forma rápdida, tornou-se uma das maiores referências de moda rápida (fast fashion) no mercado. A empresa é reconhecida por oferecer, em seu app e site, uma extensa variedade de peças da moda a preços muito acessíveis. Não é raro encontrar vestidos, tops e saias à venda por menos de $3.

Akém disso, a SHEIN ainda oferece frete padrão gratuito para pedidos acima de R$ 49, ou a entrega no valor de R$ 15, o que incentiva os clientes a comprarem mais itens para se beneficiarem do frete grátis.

Então, por que os preços da SHEIN são tão baixos? Aqui estão algumas razões:

• Modelo de Negócio Online: Ao contrário de gigantes da moda como Renner e Zara, a SHEIN, que é uma empresa chinesa, não possui lojas físicas. Deste modo, as roupas são enviadas direto dos seus centros de distribuição para o Brasil e outros países, reduzindo custos.
• Produção e Abordagem Tecnológica: A SHEIN trabalha com designers e produtores independentes. A empresa usa softwares sofisticados que identificam itens populares para reposição automática e interrompe a produção daqueles que não vendem. Esta prática eficiente permite que a SHEIN adicione até 6.000 novos estilos por dia ao seu site.
• Condições de Trabalho: Embora os preços baixos sejam atraentes, eles podem vir com implicações éticas. Foi documentado pelo The Cut que os trabalhadores das fábricas da SHEIN trabalham em condições precárias, com jornadas de até 18 horas por dia e apenas um dia de folga por mês. Se verídicos, estes baixos custos de mão-de-obra permitem que a SHEIN ofereça produtos mais baratos do que outras marcas.
• Marketing de Influenciadores: Ao invés de gastar com publicidade tradicional, a SHEIN investe em marketing de influenciadores. Influenciadores divulgam seus produtos em plataformas como Instagram e TikTok, o que acaba sendo mais eficaz e barato.

Resposta da empresa

A SHEIN se posicionou a respeito do que foi documentado adiante das condições de trabalho expostas pelo The Cut. Veja adiante o que diz a empresa.

“Estamos extremamente preocupados com as reclamações apresentadas pelo Canal 4, que violariam o Código de Conduta acordado por todos os fornecedores da Shein. Qualquer não-conformidade com este código é tratada rapidamente e encerraremos parcerias que não atendam aos nossos padrões. Solicitamos informações específicas do Canal 4 para que possamos investigar.”

“Os padrões de Fornecimento Responsável (SRS) da Shein impõem aos nossos fornecedores um código de conduta baseado em convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e leis e regulamentos locais, incluindo práticas trabalhistas e condições de trabalho”.

Implicações dos preços baixos

Os baixos custos dos produtos da SHEIN, enquanto atrativos para muitos consumidores, trazem consigo várias implicações sérias que vão além do simples preço de uma peça de roupa.

• Impacto Ambiental: A moda rápida, devido à sua natureza efêmera, muitas vezes resulta em peças descartáveis. Muitos produtos da SHEIN, dada a sua qualidade muitas vezes inferior, podem não durar muito. Isso significa que, mesmo que uma peça seja barata, ela pode acabar sendo descartada após um curto período de uso. Esse padrão de consumo contribui para montanhas de roupas virando descarte em aterros sanitários. Além disso, a produção em massa de vestuário tem consequências para o meio ambiente em termos de consumo de água, emissões de carbono e poluição.
• Qualidade e Segurança dos Materiais: Há preocupações sobre a qualidade dos materiais usados em produtos SHEIN. Em alguns casos, recolheram-se produtos devido a não conformidades com padrões de segurança. Por exemplo, certos produtos para crianças não atendiam aos padrões de inflamabilidade e outros continham níveis inseguros de substâncias como o chumbo. Estes são riscos reais que podem afetar a saúde e a segurança dos consumidores.
• Questões de Propriedade Intelectual: A SHEIN recebeu uma acusação de copiar designs de designers menores sem dar crédito ou compensação adequada. Ao usar algoritmos para identificar tendências emergentes e replicá-las de forma rápida, a empresa às vezes cruza a linha da inspiração para a imitação direta. Isso prejudica designers individuais que investiram tempo e criatividade em suas criações originais.

Designs copiados

Abaixo, temos algumas das peças que receberam acusação de plágio. Veja e compare as semelhanças:

Todas essas imagens foram retiradas do site Ethically Dressed. Enfim,em nota, a Shein informou que: “leva a sério todas as alegações de infração e toma medidas rápidas quando são apresentadas queixas por titulares de direitos de propriedade intelectual válidos. Nos defenderemos vigorosamente contra esta ação judicial e quaisquer reclamações que não tenham mérito.”