Criptomoedas

Investidores cripto podem ser psicopáticos e narcisistas, diz estudo

Um estudo recente identifica traços de narcisismo, psicopatia e maquiavelismo em investidores de criptomoedas.

Bitcoin Cripto
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Em julho, um estudo intitulado “Os correlatos políticos, psicológicos e sociais da posse de criptomoedas” foi publicado pelos pesquisadores Shane Littrell, Casey Klofstad e Joseph E. Uscinski, das universidades de Toronto e Miami. O estudo revela que investidores de criptomoedas frequentemente exibem traços de personalidade mais sombrios, incluindo narcisismo, psicopatia, maquiavelismo e sadismo.

Traços de Personalidade dos Investidores de Criptomoedas

O estudo, que entrevistou 2.001 pessoas, das quais 30% eram investidores de criptomoedas, indica que esses indivíduos tendem a ter uma personalidade mais “escura” em comparação com a média da população. As características notadas incluem:

  • Narcisismo e Psicopatia: Investidores de criptomoedas apresentam níveis mais altos desses traços em comparação com não-investidores.
  • Maquiavelismo e Sadismo: Além de características narcisistas e psicopáticas, esses investidores também mostraram traços de maquiavelismo e sadismo.
  • Necessidade de Caos e Paranoia: A posse de criptomoedas está associada a uma maior necessidade de caos, paranoia, e traços esquizotípicos.

O estudo também observa que esses investidores valorizam mais o sucesso pessoal e o status do que objetivos relacionados ao bem-estar dos outros.

Comportamento em Mídias Sociais e Fontes de Informação

O estudo aponta que investidores de criptomoedas costumam buscar informações sobre o mercado em fontes alternativas de redes sociais, como Telegram, Reddit, Blogs, Twitter e Truth Social. O Facebook, por outro lado, é identificado como uma fonte de notícias que previu negativamente a posse de criptomoedas.

Os pesquisadores destacam que, embora a frequência de uso de mídias sociais tradicionais e a crença em teorias da conspiração estejam marginalmente associadas à posse de criptomoedas, a correlação é fraca.

Comportamento Político dos Investidores de Criptomoedas

O estudo também revela que muitos investidores de criptomoedas demonstram interesse na política e acreditam estar qualificados para cargos públicos. Eles frequentemente têm crenças que não se encaixam facilmente nas categorias tradicionais de esquerda ou direita.

Os investidores tendem a apoiar grupos extremistas e autoritários, incluindo Nacionalistas Brancos, QAnon, Proud Boys, Antifa e crenças autoritárias de esquerda. A pesquisa revela uma inclinação para crenças de excepcionalismo americano e a ideia de que os EUA deveriam ser governados por valores mais masculinos e cristãos.

Galípolo critica preferência de jovens por criptomoedas e apostas

Gabriel Galípolo, economista do Banco Central do Brasil, tem manifestado preocupações crescentes sobre o comportamento financeiro dos jovens brasileiros. Em suas recentes declarações, Galípolo ressaltou que a preferência por criptomoedas e apostas esportivas está ofuscando a tradicional poupança, um instrumento de renda fixa que, embora ainda amplamente utilizado, perdeu atratividade diante da inflação e da volatilidade do mercado.

Durante sua participação no evento Rio Innovation, Galípolo destacou uma tendência alarmante entre os jovens investidores. Eles estão cada vez mais evitando a poupança em favor de alternativas como criptomoedas e apostas esportivas. Esse movimento é impulsionado pela busca por investimentos que prometem retornos mais rápidos e elevados. A preferência por criptomoedas, em particular, está relacionada à valorização do dólar frente ao real, levando muitos brasileiros a investirem em stablecoins para se proteger da volatilidade da moeda local.

Galípolo também mencionou que a demanda por criptomoedas no Brasil é amplamente direcionada para a aquisição de stablecoins, que representam 90% do volume total de criptomoedas no país. Essa busca por segurança em uma moeda forte reflete um desejo de proteção contra as incertezas econômicas e a inflação que tem pressionado o poder de compra dos brasileiros.

Além disso, Galípolo expressou preocupações sobre o impacto das apostas esportivas no mercado financeiro. Ele afirmou que as apostas têm prejudicado o varejo brasileiro e chamaram a atenção do Banco Central, que está monitorando de perto essa situação. As apostas, ainda em fase de regulação, apresentam um risco significativo para investidores, especialmente para os mais jovens, que podem ser atraídos por promessas de ganhos rápidos e fáceis.

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