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Web 3.0 O que é? Veja exemplos, características e quando começa

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A Web 3.0, também chamada de Web Semântica, é uma evolução da internet que tem como objetivo a tornar mais inteligente e conectada. Então, nessa nova fase, a Web será a fonte para criar produtos descentralizados, em uma rede global de computadores. Nesse texto, vamos ensinar o que é a Web 3.0, explorando características, dando exemplos de aplicações em diferentes áreas. Além disso, vamos falar quando que começa essa nova fase da internet chamada de Web 3.0.

 Web 3.0: o que é, exemplos, características e quando começa.
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Por que “Web Semântica”?

Antes de tudo, vale apontar por que a Web 3.0 também se chama Web Semântica. Ela tem esse nome pois é se baseia em tecnologias que permitem que as informações se estruturem de uma forma que as máquinas possam compreender e processar.

Para quem não sabe, na linguística, a semântica é a ciência que estuda o significado e interpretação das palavras ou frases em seus contextos.

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Dessa forma, nas versões anteriores da Web as informações eram, em geral, apresentadas em páginas web, que consistem em documentos HTML sem um significado claro. Assim, por mais que os dados fossem acessíveis por meio de links, os sistemas computacionais não eram capazes de entender os dados. Ou então, como eles se relacionavam entre si.

Contudo, com a Web Semântica, as informações se apresentam de uma forma que permite que os computadores possam compreender o significado dos dados e suas interconexões. Isso é possível graças ao uso de tecnologias como RDF (Resource Description Framework), OWL (Web Ontology Language) e SPARQL (SPARQL Protocol and RDF Query Language). Essas permitem a descrição de dados de uma forma que é compreensível tanto para humanos quanto para máquinas.

Sendo assim, a Web 3.0 é chamada de Web Semântica porque tem como objetivo transformar a web em uma rede de informações que as máquinas possam entender e processar de forma mais inteligente e automatizada. Logo, facilita a realização de tarefas complexas e a criação de novas aplicações e serviços.

Entendendo as Tecnologias

Como falamos antes, as tecnologias usadas nos computadores é o principal ponto da criação da Web 3.0. Por isso, vamos explicar um pouco mais sobre esses recursos.

HTML

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O HTML é uma linguagem de programação que permite criar páginas com conteúdo visual e interativo, mas não carrega o objetivo de dar sentido e significado aos dados na web. Logo, é voltado para a apresentação visual e não para a descrição semântica

Então, por mais que o HTML permita marcar o conteúdo de uma página com cabeçalhos, parágrafos, listas e imagens, essa marcação não é suficiente para que os computadores possam entender o significado dos dados. Por exemplo, um PC não seria capaz de entender que uma determinada página contém informações sobre um evento específico, como uma conferência, a partir da marcação HTML.

É nisso que as outras tecnologias tomam espaço. O RDF, OWL e SPARQL são tecnologias que permitem aos PCs entenderem o significado dos dados na web. Elas se baseiam em ontologias, as quais são modelos de conhecimento que descrevem as relações entre diferentes conceitos ou entidades.

RDF

O RDF permite a criação de descrições semânticas dos recursos na web, como páginas, imagens, vídeos, entre outros, e seus relacionamentos com outros recursos. Ele usa uma estrutura de grafos para representar essas descrições, o que permite que as máquinas possam processar e entender as informações contidas nos dados.

OWL

O OWL, por sua vez, é uma linguagem de ontologias mais complexa, que permite definir classes e sub-classes de recursos, bem como propriedades e relações entre eles. Isso ajuda a criar uma hierarquia de conceitos e entidades, o que é útil para apps que precisam entender a semântica dos dados.

SPARQL

Já o SPARQL é uma linguagem de consulta que permite pesquisar e recuperar informações semânticas armazenadas em um banco de dados RDF. Ele usa uma sintaxe semelhante ao SQL e permite fazer consultas complexas que envolvem relações entre diferentes recursos na web.

Em conjunto, elas permitem que os computadores possam entender o significado dos dados na Web 3.0, o que é fundamental para a criação de apps e serviços que processam informações de forma automatizada. Eles permitem que as máquinas possam fazer conexões entre diferentes recursos e formar uma ideia de novas informações a partir dessas conexões, o que aumenta a eficiência e precisão do processamento de dados na web.

Web 3.0 – O que é: Características

A Web 3.0 possui várias características que a distinguem das versões anteriores da internet, incluindo:

I.A. (Inteligência Artificial)

A primeira das características da Web 3.0 é o uso de Inteligência Artificial. As IAs são máquinas ou sistemas que tem como objetivo copiar a poder de pensar dos seres humanos. Isso se dá por conta de uma junção de várias tecnologias, como redes neurais artificiais, algoritmos, sistemas de aprendizado que buscam simular o raciocínio, a percepção de ambiente e a capacidade de análise e decisão.

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Ainda mais, as inteligências artificiais conseguem aprender sozinhas, pois podem analisar vários dados para terem mais conhecimentos. Sendo assim, essas máquinas surgem para fazerem atividades humanas ou então agregar com os humanos para realizar as atividades.

Sendo assim, existem vários tipos de IA, cada uma com um objetivo. Entre elas, podemos dividir nos 3 nichos abaixo:

  • Inteligência de Máquina: busca a realização de tarefas específicas como reconhecer padrões, tomar decisões lógicas ou aprender com experiências anteriores. Busca auxiliar nas tarefas diárias.
  • Inteligência Humanoide: máquinas que imitam o comportamento humano, ou seja, conversam, reconhecem rostos e expressam emoções. O objetivo dessas é criar interfaces mais humanizadas.
  • Inteligência Coletiva: redes que buscam tomar decisões coletivas para resolver problemas.

Descentralização

A descentralização significa que as informações e apps são distribuídos em uma rede global de computadores em vez de serem controlados por uma entidade centralizada, como uma empresa ou governo.

Nas versões anteriores da web, a maioria das informações e apps eram controlados por servidores centralizados, que eram mantidos e gerenciados por empresas ou organizações. Isso significava que essas entidades podiam censurá-los ou limitar seu acesso.

Enquanto isso, uma das principais características da Web 3.0 é que tudo isso é distribuído em uma rede descentralizada, usando tecnologias como blockchain e IPFS (InterPlanetary File System). Isso significa que, então, serão menos vulneráveis a censura e mais resistentes a falhas técnicas.

Além disso, essa característica significa que e os usuários têm mais controle sobre seus próprios dados e podem compartilhá-los com segurança e privacidade, sem ter que confiar em outras entidades.

Interconectividade

A interconectividade é uma das principais características da Web 3.0. Ela é a capacidade de conectar diferentes recursos e apps na web de forma descentralizada.

A Web 3.0 é muito interconectada, pois permite que apps, dispositivos e usuários se comuniquem e trabalhem em conjunto de maneira mais eficiente e inteligente.

Sendo assim, os apps e serviços são construídos como partes de uma rede global de computadores, chamada de “web distribuída”. Nesta rede, cada nó é capaz de se comunicar com outros nós e compartilhar informações de forma direta, sem precisar de um intermediário central.

Isso é possível graças ao uso de tecnologias como o blockchain e o IPFS, que permitem armazenar e compartilhar dados de forma descentralizada e segura. Com essas tecnologias, os apps e serviços podem ser executados em diferentes nós da rede, tornando-os mais resistentes e menos vulneráveis a falhas.

Personalização e Privacidade

Por fim, outras características da Web 3.0 é a personalização e privacidade. Isso porque ela deixa que os usuários personalizam sua experiência na internet. Assim, eles vão receber conteúdos que tenham a ver com seus interesses e preferências pessoais.

Também, seguindo o princípio da descentralização, a Web 3.0 é projetada para ser mais segura e privada, pois os usuários podem controlar seus dados pessoais.

Em resumo, a Web 3.0 é uma evolução da internet que visa torná-la mais inteligente, interconectada, personalizada, descentralizada, segura e privada.

Web 3.0 – o que é: Exemplos

Há vários exemplos de tecnologias e apps que podem ser considerados como parte da Web 3.0. Sendo assim, veremos mais a fundo alguns.

Web 3.0 – o que é: Blockchain

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O primeiro dos exemplos da Web 3.0 é a Blockchain. Blockchain tem como tradução em português “corrente de blocos”. Sendo assim, é um sistema de registro digital de transações, que permite armazenar dados de forma segura, transparente e descentralizada.

Cada bloco de transações tem a proteção feita com criptografia e conectado ao bloco anterior, formando assim uma cadeia/corrente de blocos. Isso torna muito difícil, quem sabe impossível, adulterar as transações registradas, pois seria necessário alterar todos os blocos anteriores da cadeia e ter a maioria do poder de processamento da rede.

O blockchain foi desenvolvido como a tecnologia por trás das criptomoedas, tal qual o Bitcoin, mas hoje em dia é possível aplicar em vários setores, desde finanças até logística, saúde e governança. Além de permitir a realização de transações financeiras seguras, também se pode usar o blockchain para registrar contratos, votos eleitorais, certificados de autenticidade, e outras aplicações.

Web 3.0 – o que é: Criptomoedas

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Web 3.0: o que é, exemplos, características e quando começa.

As criptomoedas são básicamente um tipo de dinheiro virtual que se transfere sem precisar de alguma instituição financeira como intermédio, tal qual os bancos. Dessa forma, registram-se as transações pela blockchain. O anonimato da blockchain torna a transação mais segura.

A criptografia é usada para proteger as transações de serem manipuladas ou falsificadas. Além disso, as criptomoedas geralmente têm um fornecimento limitado, o que significa que elas são escassas e podem manter seu valor ao longo do tempo.

As criptomoedas podem ser usadas para comprar bens e serviços, bem como para investir e especular no mercado financeiro. A criptomoeda mais conhecida é o Bitcoin.

Bitcoins

Bitcoin é uma criptomoeda que surgiu em 2009 por uma pessoa ou grupo de pessoas usando o pseudônimo Satoshi Nakamoto.

O Bitcoin tem um fornecimento limitado, o que significa que só criarão 21 milhões de Bitcoins. Isso faz com que o Bitcoin seja uma moeda escassa e pode manter seu valor ao longo do tempo.

As pessoas podem comprar Bitcoins em exchanges, que são plataformas online onde é possível comprar e vender criptomoedas usando moedas tradicionais, como dólares, euros ou reais. O Bitcoin também pode ser usado para comprar produtos e serviços em lojas online que aceitam essa moeda digital como forma de pagamento.

O Bitcoin tem uma popularidade significativa ao redor do mundo, sendo reconhecido como a criptomoeda mais conhecida e utilizada atualmente. Muitas pessoas usam como uma forma de investimento ou como um meio de transação para comprar bens e serviços na internet.

Muitas empresas, incluindo grandes empresas de tecnologia e instituições financeiras, também começaram a aceitar o Bitcoin como forma de pagamento. Além disso, não é difícil ouvir falar de bitcoin na mídia, seja em notícias ou em debates sobre economia e finanças.

Web 3.0 – o que é: NFTs

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Os NFTs (Non-Fungible Token, ou token não fungível) NFT é um tipo de token criptográfico que representa um ativo digital único e que não repete, como um item de colecionador, obra de arte digital, música ou vídeo exclusivo.

Então, os NFTs se armazenam em um blockchain e contém dados exclusivos, como seu dono, sua história de transações e sua autenticidade. Isso permite que o proprietário de um NFT comprove a propriedade e a autenticidade do ativo digital que ele representa.

Dessa forma, se usam para criar novos modelos de negócios para artistas, criadores de conteúdo e desenvolvedores de jogos, permitindo que eles vendam seus ativos digitais diretamente para seus fãs e colecionadores, sem a necessidade de intermediários.

Web 3.0 – o que é: Etherum

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Etherum é uma blockchain que permite a criação e execução de apps descentralizados (ou “dapps”) por meio de contratos inteligentes.

Ela também possui sua própria criptomoeda, chamada Ether (ETH), que se usa para pagar pelos serviços e transações realizados na rede. O Ether também pode ser negociado em bolsas de criptomoedas e usado como reserva de valor.

A forma como é flexível e capacidade de programação da plataforma Ethereum a tornaram uma das mais populares e importantes infraestruturas de blockchain da atualidade, sendo bem utilizada em diversas áreas, desde finanças e comércio até jogos e arte digital.

Web 3.0 – o que é: Brave Browser

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Ademais, outro exemplo de Web 3.0 é o Brave Browser. O Brave Browser é um navegador de internet que tem um código aberto, ou seja, é acessível ao público, que pode modificar e compartilhar as tecnologias.

Ele surgiu em 2016 por Brendan Eich (co-fundador da Mozilla e criador do JavaScript). Esse navegador tem um bloqueador de anúncios, bem como impede os rastreadores de terceiros (como os famosos cookies). Além disso, ele tem recursos que protegem de malwares e de phishing, e um modo de navegação anônima que oculta a localização do usuário, mantendo o anonimato.

O Brave Browser tem sido elogiado por seu compromisso com a privacidade e segurança dos usuários, e sua capacidade de fornecer uma experiência de navegação mais rápida e limpa sem depender de anúncios invasivos ou cookies.

Web 3.0 – o que é: IPFS (InterPlanetary File System)

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O IPFS é um jeito diferente de guardar e compartilhar arquivos na internet. Ele não depende de um servidor central, mas usa uma rede distribuída para armazenar arquivos em muitos lugares diferentes.

Cada arquivo tem um “endereço” único que o identifica e pode ser usado para encontrá-lo em qualquer lugar da rede. O IPFS ajuda a garantir que os arquivos estejam sempre disponíveis, mesmo que alguns computadores na rede estejam offline ou indisponíveis.

Ele pode ser usado para armazenar muitos tipos de arquivos e pode ajudar a resolver problemas de acesso à informação em áreas com internet limitada ou censurada.

Para entender melhor como o IPFS funciona, pense em um livro que você quer compartilhar com outras pessoas na internet. Com o IPFS, em vez de enviar o livro para um servidor central, você divide o livro em muitas partes e envia cada parte para uma pessoa diferente na rede.

Cada pessoa guarda a parte do livro que recebeu e ajuda a distribuir essas partes para outras pessoas na rede. Quando alguém quer acessar o livro, ela usa o endereço exclusivo do livro para encontrá-lo na rede. O IPFS ajuda a garantir que todas as partes do livro estejam disponíveis, mesmo que algumas pessoas na rede não estejam online no momento.

Além de compartilhar livros, o IPFS serve para compartilhar muitos outros tipos de arquivos, como fotos, vídeos, apps da web e muito mais. Podemos usar ele para criar sites e apps da web que funcionam sem depender de servidores centralizados. Isso significa que, mesmo que um servidor caia, o app ainda pode funcionar.

Quando começa a Web 3.0?

A web 3.0 não é algo que começa em um único momento, como um interruptor que ligamos. É mais como uma evolução gradual da internet e das tecnologias que a sustentam.

Algumas pessoas argumentam que a web 3.0 já está em desenvolvimento há algum tempo e que já podemos ver alguns exemplos disso em tecnologias como blockchain, criptomoedas, NFTs, inteligência artificial e outras.

Outras pessoas dizem que ainda estamos nos estágios iniciais da web 3.0 e que ainda há muito a se desenvolver antes que ela se torne uma realidade totalmente funcional. Então, não há uma resposta simples para quando começa a web 3.0, mas é algo que está em constante evolução e crescimento.

A web 3.0 é frequentemente descrita como uma internet mais inteligente e conectada, que é capaz de compreender melhor o conteúdo e o contexto da informação na rede.

A web 3.0 também é impulsionada por tecnologias como blockchain, NFTs e IPFS, que ajudam a tornar a internet mais segura, descentralizada e resistente à censura. Em resumo, a web 3.0 é uma visão para o futuro da internet que é mais conectada, inteligente, descentralizada e segura.

Chat GPT: faz parte da Web 3.0?

Como modelo de linguagem, o ChatGPT não faz parte diretamente da Web 3.0. No entanto, a tecnologia que permite a criação e treinamento do modelo, a GPT-3, pode ser vista como uma das tecnologias que possibilitam a evolução da Web para a Web 3.0.

Assim, embora o ChatGPT em si não seja um exemplo direto da Web 3.0, a tecnologia que o torna possível é uma das tecnologias que ajudam a habilitar a Web 3.0, permitindo a criação de apps e serviços avançados baseados em processamento de linguagem natural.

Mas… o que é o Chat GPT?

 O ChatGPT é um protótipo de um chatbot, ou seja, uma IA que busca simular uma conversa entre pessoas. Assim, um humano faz uma pergunta e a IA as responde de uma forma que lembre um humano, com precisão e naturalidade. Por conta disso, podemos enquadrar o ChatGPT entre as inteligências artificiais humanoides.

Em Novembro de 2022, foi lançada a versão beta desse sistema, ou seja, ainda está na fase de testes. Sua sigla significa Generative Pre-Trained Transformer, ou em português, Transformador Pré-treinado Gerador de Bate-Papo. Surgiu como continuação dos projetos chamados GPTs, que já existe desde 2018.

Então, o ChatGPT traz um bate-papo aprimorado entre humanos e máquinas, sendo que cada conversa feita leva essa máquina a aprender novas palavras e expressões, deixando a experiência mais real com o passar do tempo.

O que é possível fazer com o ChatGPT?

Já entendemos que o ChatGPT é um chatbot que proporciona uma conversa entre o humano com a máquina. Mas, o que podemos fazer dentro dessa conversa?

Existem diversas funções possíveis, entre elas:

  • Entregar respostas para perguntas;
  • Ter conversas casuais sobre algum tema;
  • Escrever histórias;
  • Escrever artigos;
  • Traduzir textos e frases;
  • Servir como assistente virtual;
  • Montar códigos em diferentes linguagens de programação;
  • Resolver problemas matemáticos;
  • Reconhecer textos escritos por IA.