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LIGT3 Preço-Alvo 2024: Vale a pena comprar ações da Light?

Foto/Reprodução GDI
Foto/Reprodução GDI

A Light (LIGT3) é uma das principais empresas de energia elétrica do Brasil, com uma presença significativa no mercado e uma história rica que se estende por mais de um século. Este artigo oferece uma análise detalhada e abrangente das ações da Light, abordando aspectos financeiros, históricos e de mercado, com o objetivo de fornecer aos investidores uma visão clara e completa do potencial de investimento desta empresa.

A História da Light S.A

Fundada em 1905, a Light S.A tem uma longa e impressionante história de fornecimento de energia elétrica para o Rio de Janeiro. A empresa foi pioneira na introdução de energia elétrica no Brasil, desempenhando um papel crucial na modernização da infraestrutura energética do país. Ao longo dos anos, a Light S.A tem se mantido na vanguarda do setor de energia, adaptando-se às mudanças tecnológicas e às demandas do mercado para continuar a fornecer um serviço de alta qualidade aos seus clientes.

O Auge e a Queda da Light

O desempenho financeiro da Light S.A é um indicador crucial para os investidores. A empresa tem mostrado um crescimento constante ao longo dos anos, com uma receita líquida de R$ 8,9 bilhões em 2020.

Este crescimento financeiro é o resultado de uma gestão eficaz e de uma estratégia de negócios sólida, que tem permitido à empresa expandir suas operações e aumentar sua participação de mercado.

Fonte: RI Light

As ações da Light S.A têm mostrado uma tendência de alta nos últimos anos, refletindo o desempenho financeiro sólido da empresa e a confiança dos investidores em seu futuro. Com uma capitalização de mercado de R$ 5,8 bilhões, a Light S.A é uma das maiores empresas de energia do Brasil. No entanto, a empresa começou a enfrentar grandes problemas operacionais que resultou em uma recuperação judicial.

No dia 12 de maio, o conselho de administração da Light (LIGT3) aprovou a companhia ajuizar o pedido de recuperação judicial perante a 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. O pedido foi realizado em caráter de urgência, e a companhia informou ter dívidas no montante de R$ 11 bilhões.

Desempenho recente

A empresa registrou um lucro líquido de R$ 107,1 milhões no último resultado divulgado (1T23). Assim, revertendo o prejuízo de R$ 106 milhões registrado no mesmo trimestre do ano anterior.

A receita líquida da companhia alcançou R$ 3,61 bilhões, apresentando um aumento em relação aos R$ 3,54 bilhões registrados no primeiro trimestre de 2022.

O Ebitda CVM ajustado, indicador que mede o desempenho operacional da empresa, apresentou um crescimento significativo de 29%, atingindo R$ 670,9 milhões. No mesmo período do ano anterior, esse valor foi de R$ 520 milhões.

Fonte: RI Light

Em relação ao EBITDA Ajustado da Distribuidora, houve um aumento de 45,5%, alcançando R$ 344,3 milhões no 1T23, em comparação com o mesmo período de 2022, que registrou R$ 236,7 milhões. Já nas operações combinadas da Geradora e Comercializadora, o EBITDA Ajustado foi de R$ 201,8 milhões, representando um aumento de 4,1% em relação ao 1T22 (R$ 193,9 milhões).

Fonte: RI Light

A empresa destacou que a linha de distribuição devolveu R$ 455,5 milhões aos consumidores por meio de tarifas no primeiro trimestre de 2024. No entanto, a Light só conseguiu compensar R$ 163,1 milhões de créditos de PIS/COFINS, resultando em uma queima de caixa de R$ 292,4 milhões.

Fonte: RI Light

No que diz respeito aos indicadores operacionais, a Light informou que o mercado de referência ex-REN (12 meses) apresentou uma retração de 819 GWh, o que corresponde a uma queda de 6,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa ressaltou que essa situação tem prejudicado a área de concessão há quase 10 anos.

Perspectivas Futuras para a Light S.A

A Light S.A está bem posicionada para aproveitar o crescimento futuro do setor de energia do Brasil. A empresa está investindo em infraestrutura e tecnologia para melhorar a eficiência e a qualidade do serviço. Além disso, a Light S.A está explorando oportunidades de crescimento em áreas como energia renovável e serviços de energia inteligente, o que poderia abrir novas fontes de receita e impulsionar o crescimento futuro.

LIGT3 preço-alvo 2024

A Light (LIGT3) tem enfrentado desafios recentemente, levando a diferentes recomendações dos analistas de mercado.

O Itaú BBA reiterou sua recomendação de venda para a empresa, com um preço-alvo de R$ 9,80. 

Isso se baseia nos resultados do 4º trimestre, que foram fracos e ficaram abaixo das estimativas. A empresa foi impactada por uma série de itens não recorrentes em meio a um cenário de liquidez desafiador.

O Morgan Stanley também ajustou suas projeções para a Light, reduzindo o preço-alvo de R$ 12 para R$ 7, mas manteve sua recomendação neutra. Esse ajuste reflete uma combinação de estimativas operacionais de longo prazo mais baixas, o impacto negativo do PIS/Cofins e um maior custo de capital.

Por outro lado, o Safra tem uma recomendação neutra para os papéis da Light, com um preço-alvo de R$ 15,80. O banco destaca alguns pontos positivos, como a dependência de uma melhoria sustentada na geração de caixa, resultado de menores taxas de inadimplência e nível de perdas de energia. Além disso, eles mencionam o processo bem-sucedido de revisão tarifária, no qual a empresa aumentou as perdas regulatórias de energia, criando valor.

No entanto, existem riscos a serem considerados. Condições desfavoráveis de revisão tarifária, aumento das taxas de perda de energia, deterioração das condições sociais e a não renovação do contrato de concessão podem abrir uma discussão sobre o ressarcimento da base de ativos regulatórios, com resultado e prazo incertos.

Por fim, o UBS BB reiterou sua recomendação neutra para os papéis da Light, com um preço-alvo de R$ 3,00 em doze meses.

InstituiçãoRecomendaçãoPreço-alvo (R$)
Itaú BBAVenda9,80
Morgan StanleyNeutra7,00
SafraNeutra15,80
UBS BBNeutra3,00

É importante ressaltar que as recomendações e preços-alvo são baseados na análise dos analistas de mercado e podem estar sujeitos a mudanças à medida que novas informações e eventos se desenrolam. Os investidores devem realizar suas próprias análises e considerar seu perfil de risco antes de tomar qualquer decisão de investimento.

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