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Fernando Haddad aborda reforma tributária, transição energética, e futuras medidas fiscais na entrevista à Globonews.
Na entrevista concedida à Globonews, Fernando Haddad detalhou suas estratégias econômicas e fiscais, enfatizando a importância de modernizar a frota brasileira, a reforma tributária e a recuperação do país.
Ele também destacou os custos de transição para a tecnologia euro 6, que poderia aumentar o preço dos caminhões em quase R$ 100 mil. Além disso, comentou sobre o pacote fiscal que deve ser detalhado na próxima semana. Haddad negou qualquer intenção do governo de recriar a CPMF e discutiu possíveis ajustes nas metas de inflação.
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Modernização da frota, reforma tributária e estabilização econômica são os principais focos de Haddad
Fernando Haddad, em uma entrevista recente à Globonews, compartilhou perspectivas significativas sobre o futuro econômico e fiscal do Brasil. Ele focou na necessidade de modernização da frota brasileira, citando os custos de transição para a tecnologia Euro 6, que poderia encarecer os caminhões em quase R$ 100 mil.
Falou também sobre o pacote fiscal que será detalhado na próxima semana, salientando que os valores de renúncia fiscal não devem chegar a um quarto dos R$ 8 bilhões especulados pelo mercado. Ele garantiu que está trabalhando para assegurar a precisão dos cálculos antes de apresentá-los ao presidente.
Reforma tributária
A reforma tributária foi outro tema crucial discutido por Haddad, que prometeu que essa mudança será um divisor de águas no Brasil. Ele destacou que a reforma tributária não é um projeto de um partido, mas um plano de país, planejado para os próximos 10 a 20 anos.
Outra questão abordada foi a inflação. Haddad evitou confirmar se o Conselho Monetário Nacional (CMN) vai ou não ajustar a meta de inflação em junho. No entanto, declarou que já defendeu publicamente a ideia de uma meta contínua, com o Banco Central perseguindo essa meta.
Desmentindo rumores, Haddad confirmou que o governo não tem planos de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Ele também falou sobre a importância da transição energética, referindo-se a ela como uma “janela que está se abrindo”.
Privatização da Eletrobras
Por fim, Haddad discutiu a privatização da Eletrobras, classificando-a como “mal feita”, com muitos problemas a serem resolvidos ao longo do tempo, incluindo possíveis impactos nas tarifas de energia. O ministro deixou claro que qualquer tentativa de reverter a privatização da Eletrobras é resultado da insatisfação com o processo e enfatizou o papel significativo que a empresa tem no modelo energético brasileiro.
Haddad também abordou o tema da taxação de empresas estrangeiras, explicando que o governo tem discutido com o setor sobre como trazer o sistema para a legalidade. Ele destacou a necessidade de um plano de conformidade global que envolva empresas, marketplaces, o varejo local e a Receita Federal.
Preço dos combustíveis
Em relação à questão dos combustíveis, Haddad ressaltou que segurar o preço dos combustíveis não é o caminho para a estabilidade do país. Segundo ele, o petróleo e o câmbio têm colaborado, e a Petrobras teria que baixar os preços de qualquer maneira por causa do Programa de Paridade de Importação (PPI).
Haddad comentou ainda sobre a margem equatorial, defendendo que o Brasil deve aprender com a experiência internacional e analisar cuidadosamente as potenciais consequências de suas decisões. Ele reconheceu o valor do ecossistema e afirmou que a Petrobras está comprometida com a proteção ambiental na região.
Ao concluir a entrevista, Haddad expressou otimismo em relação ao crescimento econômico do Brasil, afirmando que o país vai crescer mais do que as projeções do mercado. Ainda segundo ele, o Brasil e a Espanha estão dispostos a avançar o acordo entre União Europeia e Mercosul, com o Brasil assumindo a presidência do Mercosul e a Espanha, da União Europeia, no segundo semestre.
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