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Ibovespa segue tendência negativa devido a incertezas globais; 3R Petroleum lidera perdas.
O mercado acionário brasileiro, representado pelo Ibovespa, continuou a refletir a tendência negativa dos mercados globais nesta quarta-feira. As preocupações em relação ao início do ciclo de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve dos Estados Unidos e suas implicações para os mercados emergentes foram os principais impulsionadores da queda.
O índice Ibovespa encerrou o dia com uma baixa de 0,60%, atingindo os 128.523,83 pontos, em um dia com alto volume financeiro de R$ 43,9 bilhões, devido ao vencimento de opções sobre o Ibovespa.
Ibovespa reflete preocupações globais; 3R Petroleum lidera perdas no mercado acionário brasileiro
O mercado acionário brasileiro, representado pelo Ibovespa, seguiu a tendência negativa dos mercados globais nesta quarta-feira, influenciado por diversas incertezas que pairam sobre a economia mundial. O principal fator de preocupação foi o início do ciclo de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve dos Estados Unidos, o que gerou dúvidas quanto aos impactos dessa política nas economias emergentes.
O Ibovespa fechou o dia com uma queda de 0,60%, atingindo os 128.523,83 pontos. Esse movimento foi acompanhado por um volume financeiro significativo de R$ 43,9 bilhões, devido ao vencimento de opções sobre o Ibovespa, o que acrescentou volatilidade aos negócios.
Entre as empresas que lideraram as perdas no índice, a 3R Petroleum (RRRP3) se destacou com uma queda de 3,97%, fechando a R$ 27,30, apesar da recuperação parcial dos preços do petróleo. As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) também tiveram desempenho negativo, registrando quedas de -0,83% e -0,58%, respectivamente. Outras companhias que figuraram entre as maiores baixas incluíram PCAR3 (-3,78%) e VAMO3 (-3,55%).
Por outro lado, o setor bancário buscou uma recuperação, com destaque para o Banco Santander (SANB11), que subiu 1,04%, e o Banco do Brasil (BBAS3), com ganho de +0,20%. O mercado de commodities também influenciou o desempenho da Vale (VALE3), que cedeu 1,66% em consonância com a queda dos preços de suas commodities.
Entre as maiores altas, a SLCE3 teve um destaque significativo, com um ganho de 3,87%, enquanto NTCO3 e MRVE3 também apresentaram elevações positivas.
Mercados reagem às palavras do diretor do Fed e aos dados econômicos dos EUA e China
O dólar continuou sua valorização hoje, refletindo as recentes movimentações nos mercados financeiros globais. Uma das principais razões para a alta da moeda norte-americana foi a postura firme do diretor do Federal Reserve, Christopher Waller, em relação às expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos. Waller deixou claro que é cedo para considerar qualquer redução nas taxas de juros, o que desencadeou uma reação de alta do dólar.
Além disso, os investidores também observaram atentamente os dados econômicos divulgados tanto nos EUA quanto na China. Nos Estados Unidos, números do varejo e da indústria indicaram que a economia está se mantendo forte, o que torna menos provável qualquer afrouxamento monetário em breve.
Na China, embora o PIB de 2023 tenha superado as expectativas, outros indicadores sugerem que o país está perdendo ritmo, o que coloca pressão sobre o Banco Central chinês para anunciar novos estímulos econômicos. Esses fatores combinados levaram a uma sessão desfavorável para as moedas emergentes em relação ao dólar.
No cenário doméstico brasileiro, o risco fiscal continua a preocupar os investidores, com negociações em andamento em Brasília sobre a MP da reoneração da folha de pagamentos. O ministro da Economia, Fernando Haddad, discutiu o assunto com o presidente Lula e planeja uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para tratar do tema.
O dólar à vista fechou em leve alta de 0,09%, a R$ 4,9301, após oscilar entre R$ 4,9237 e R$ 4,9547. Às 17h02, o dólar futuro para fevereiro subia 0,06%, a R$ 4,9380.
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