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Em mais um de seus insights gratuitos, a Nord Research trouxe sua opinião sobre o IPO da Boa Safra. De acordo com a analista Danielle Lopes, o momento é oportuno devido ao dólar subindo e levando o preço das commodities pra cima, e seus preços dependem de commodities.
“Não é por acaso que vemos diversas empresas do mesmo setor fazendo IPO na mesma época. Tivemos: e-commerce (ganharam com pandemia e lojas físicas fechadas), incorporadoras (juros baixos), hospitais (pandemia) e, agora, Agro.”
disse a analista.
O negócio da Boa Safra é comprar a tecnologia de produção de sementes de empresas como Bayer, Brasmax e Basf, produzir mais sementes em fazendas terceirizadas e depois vendê-las aos lojistas.
Dessa forma, como pontua a analista, a Boa Safra tem uma operação asset light. Isto é, não é necessário fazer grandes investimentos em ativos para gerar grandes lucros. Isso justifica seu ROE (return on equity) de 64,51% em 2020.
“Empresas leves em ativos, como precisam reinvestir pouco para crescer, são também (normalmente) as maiores geradoras de caixa.”
pontua Danielle Lopes.
A colheita da Boa Safra
De acordo com dados do prospecto da Boa Safra, de 2018 a 2020 a receita líquida da companhia cresceu, em média, 23% ao ano. Dessa forma, saindo de R$ 311 milhões para R$ 588 milhões. Além disso, como os custos cresceram bem menos durante o período, o EBITDA da companhia cresceu 131% de 2019 a 2020, somando R$ 105 milhões.
Assim sendo, vale destacar o grande salto que deu o lucro líquido da Boa Safra. Em 2018 foi de R$ 7,1 milhões, e em 2020 somou R$ 70,2 milhões.
De acordo com a Nord, na faixa média de preços Boa Safra negocia a 14x EBITDA. Assim sendo, ganhando o “posto de IPO mais barato que vi até hoje”, nas palavras de Danielle Lopes. Contudo, pela alta dependência dos preços internacionais de soja e do dólar, a research recomenda ficar de fora do IPO de Boa Safra.
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