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Após enfrentar um terreno meio árido, o IPO da Boa Safra (SOJA3) saiu levantando R$ 460 milhões e alcançando um valuation de R$ 1,1 bilhão (post money). Isto é, as ações da companhia foram precificadas em R$ 9,90, no piso da faixa indicativa que ia até R$ 12,60.
Dessa forma, a demanda de investidores institucionais a esse preço foi de 3,5x o book. Além disso, se considerarmos os investidores de varejo a demanda bate 10x o book, de acordo com uma pessoa próxima a oferta ao Brasil Journal. Contudo, Marino e Camila Colpo – acionistas controladores – optaram por não exercer o lote adicional. Assim sendo, o free float da Boa Safra ficará em 39%.
A âncora da oferta, HIX Capital, ficou em 8% da companhia e possui ainda o direito de comprar mais 8 milhões de ações com um desconto de 20% sobre o preço do home broker. Entretanto, o exercício dessa call se dará apenas entre o terceiro e quarto ano da empresa na bolsa.
Mais sobre a Boa Safra (SOJA3)
De acordo com a Boa Safra, 50% dos recursos serão para crescimento orgânico e inorgânico e os outros 50% servirão para reforçar capital de giro. Faz sentido pensar numa estratégia de crescimento com base em M&A uma vez que o segmento de soja no Brasil é bastante pulverizado. Isto é, a própria empresa possui apenas cerca de 5% de market share. Além disso, a Boa Safra informou que destinará parte dos recursos para financiar a construção de cinco novas plantas em várias regiões do país.
“Acreditamos ter um dos mais completos portfólios de sementes de soja do mercado brasileiro, oferecendo tratamentos com diversos componentes químicos e genéticos adaptados às mais distintas regiões do País.”
disse a Boa Safra em seu prospecto preliminar.
De acordo com dados de 2020, a companhia somou R$ 589 milhões em receita com lucro líquido de R$ 70 milhões. O EBITDA ficou em R$ 105 milhões e o ROE (return on equity) de 64,5%. Mas será que vale a pena investir na companhia? Descubra aqui.
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