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- O Itaú Unibanco (ITUB4) fará a recompra de R$ 3,6 bilhões em Letras Financeiras Subordinadas Nível 2 emitidas em 2019, com vencimento em 2028 e 2029
- A recompra será realizada em duas datas: 8 de novembro e 19 de novembro de 2024
- A operação resultará em um aumento de 0,3 ponto percentual no índice de capitalização Nível 2 do banco, com base no capital de 30 de setembro de 2024
- A medida faz parte da estratégia do Itaú Unibanco para otimizar sua estrutura de capital e fortalecer sua base financeira
O Itaú Unibanco (ITUB4) informou que, nos dias 8 e 19 de novembro de 2024, realizará a recompra integral das Letras Financeiras Subordinadas Nível 2 emitidas pela instituição no período de 5 a 12 de novembro de 2019. Essas emissões, que têm vencimentos previstos para novembro de 2028 e novembro de 2029, totalizam o valor de R$ 3,6 bilhões.
A decisão de recompra é parte da estratégia do Itaú Unibanco para otimizar sua estrutura de capital e reforçar sua posição financeira. A recompra das Letras Financeiras Subordinadas Nível 2 terá um impacto positivo sobre o índice de capitalização da instituição. Contudo, com um aumento de 0,3 ponto percentual no índice de capital de Nível 2. Conforme calculado com base nos dados de capital do banco de 30 de setembro de 2024.
Com essa movimentação, o Itaú Unibanco reforça sua gestão prudente de capital, buscando manter uma base sólida e adequada para suportar o crescimento sustentável de suas operações. Ao mesmo tempo em que aproveita condições favoráveis de mercado.
Letras financeiras
As Letras Financeiras (LF) são um tipo de título de dívida emitido por instituições financeiras no mercado de capitais. Dessa forma, com o objetivo de captar recursos para financiar suas operações, como empréstimos e financiamentos a clientes. Elas são semelhantes a outros instrumentos de dívida, como debêntures e certificados de depósito bancário (CDB), mas possuem características específicas.
Principais características das Letras Financeiras:
- Emitidas por bancos: As instituições financeiras (bancos) emitem as Letras Financeiras como uma alternativa para captar recursos. Geralmente para financiar atividades de crédito, como empréstimos a clientes.
- Prazo e rentabilidade: Elas possuem prazos definidos, que podem variar de curto a longo prazo. A rentabilidade das Letras Financeiras pode ser pré-fixada, com uma taxa de juros definida no momento da emissão, ou pós-fixada, com a rentabilidade atrelada a um índice, como o CDI. O pagamento dos juros e o principal ocorrem no vencimento do título.
- Subordinação: As instituições financeiras emitem diferentes tipos de Letras Financeiras, e algumas delas podem ser subordinadas, como as Letras Financeiras Subordinadas Nível 2. Isso significa que, em caso de falência do banco, esses títulos têm uma posição inferior em relação a outros credores. Ainda, o que implica maior risco para os investidores, mas também pode gerar uma rentabilidade maior.
- Liquidez e negociação: O mercado secundário não oferece grande liquidez para as Letras Financeiras, o que leva os investidores a, geralmente, manterem os títulos até o vencimento. No entanto, os investidores podem negociar as Letras Financeiras em mercados especializados, como a B3 (Bolsa de Valores brasileira), dependendo das condições da emissão.
- Garantias e riscos: Embora as Letras Financeiras possam oferecer uma rentabilidade atraente, elas apresentam riscos, especialmente as subordinadas. O risco é maior porque, em uma eventual liquidação do banco emissor, as Letras Financeiras Subordinadas têm menor prioridade no pagamento de créditos do que outras dívidas não subordinadas.
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