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Juros futuros colam na alta dos yields dos Treasuries e do dólar, refletindo expectativas de aumento da taxa de juros nos EUA.
Os juros futuros no Brasil apresentaram alta, seguindo a pressão dos rendimentos dos Treasuries e a valorização moderada do dólar, que retornou ao patamar de R$ 4,80.
A queda nos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos surpreendeu o mercado, indicando um mercado de trabalho ainda forte e alimentando especulações de que o Federal Reserve (Fed) pode continuar aumentando a taxa de juros além do já planejado para a próxima reunião.
Essa perspectiva de um ciclo de aperto monetário mais longo nos EUA impulsionou as taxas dos Treasuries, influenciando também a curva de juros futuros no Brasil, especialmente no segmento de vencimentos mais longos.
Expectativas de aumento da taxa de juros nos EUA impulsionam juros futuros no Brasil
Os juros futuros no Brasil seguiram a tendência de alta observada nos rendimentos dos Treasuries e no dólar, refletindo a expectativa de aumento da taxa de juros nos Estados Unidos. A surpresa com a queda nos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA indicou um mercado de trabalho ainda aquecido, reforçando a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed) possa continuar elevando os juros além do já planejado para a próxima reunião.
Essa perspectiva de um ciclo de aperto monetário mais longo nos EUA teve reflexos nos rendimentos dos Treasuries, que apresentaram alta nesta quinta-feira. Como resultado, os juros futuros no Brasil também subiram, especialmente no segmento de vencimentos mais longos da curva.
No segmento mais longo da curva de juros futuros, os contratos para janeiro de 2027 subiram para 10,285%, enquanto os contratos para janeiro de 2029 alcançaram 10,660% e os contratos para janeiro de 2031 atingiram 10,860%. Já nos vencimentos mais curtos, as oscilações foram menos expressivas devido ao início dos cortes da taxa Selic em agosto, o que limita a margem de movimentação desses contratos.
O dólar atinge R$ 4,80 devido ao desempenho externo e à expectativa de aumento nas taxas de juros dos EUA
O dólar à vista fechou em alta nesta quinta-feira, retornando ao patamar de R$ 4,80, impulsionado pelo desempenho da moeda no exterior em relação a outras moedas importantes e algumas moedas emergentes. A ausência de eventos relevantes na agenda doméstica desta semana tem levado o câmbio a oscilar em faixas mais estreitas, girando em torno desse nível.
A valorização do dólar ganhou força após a divulgação de dados que apontam uma redução nos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, evidenciando a resiliência do mercado de trabalho local.
Essa informação reforça as expectativas de um aumento nas taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano. Atualmente, já está precificada uma alta para o mês de julho, e os investidores estão atentos às possíveis novas elevações. A perspectiva de um cenário de juros mais altos nos Estados Unidos tende a atrair fluxo de capital estrangeiro, o que pode impactar as moedas de países emergentes, como o real.
No período da manhã, o real teve um desempenho positivo frente ao dólar, impulsionado por relatos de ingresso de fluxo comercial. No entanto, ao longo do dia, o dólar à vista registrou alta de 0,36%, fechando em R$ 4,8029, após oscilar entre R$ 4,7695 e R$ 4,8116. Já o dólar futuro para agosto, às 17h08, apresentava alta de 0,24%, cotado a R$ 4,8115.
No mercado internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas, subiu 0,56%, atingindo 100,840 pontos. O euro registrou queda de 0,63%, sendo cotado a US$ 1,1130, e a libra esterlina recuou 0,57%, sendo negociada a US$ 1,2864.
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