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Lula inaugura após 18 anos, refinaria pivô de esquemas de corrupção

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  • Nesta sexta-feira (13), o presidente Lula participou da cerimônia de inauguração de uma nova unidade de tratamento de gás natural
  • A nova unidade está situada na área do antigo Comperj, anteriormente associada a esquemas de corrupção investigados pela Operação Lava Jato
  • O Comperj, agora reestruturado, abriga um projeto estratégico que visa fortalecer o setor energético nacional

Nesta sexta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou da cerimônia de inauguração de uma nova unidade de tratamento de gás natural localizada na área do antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). O Comperj, anteriormente associado a um dos maiores esquemas de corrupção investigados pela Operação Lava Jato, agora abriga um projeto estratégico para o setor energético nacional.

A nova unidade faz parte de um ambicioso sistema de escoamento de gás do pré-sal, crucial para ampliar a oferta do combustível no país — uma das principais bandeiras do governo atual. O sistema tem a capacidade total de transportar até 21 milhões de metros cúbicos de gás por dia, equivalente a aproximadamente um terço da demanda nacional atual. No entanto, começou a operar esta semana com uma capacidade reduzida, equivalente a metade desse volume.

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A entrega do gás ao mercado está prevista para iniciar em outubro. Inicialmente, a Petrobras substituirá as importações de gás com o novo combustível, e posteriormente buscará novos clientes para os volumes adicionais que disponibilizará. O novo gasoduto, chamado Rota 3, transportará o gás das plataformas de produção no pré-sal até a região de Itaboraí, na metropolitana do Rio de Janeiro. Este projeto, inicialmente planejado para 2017, só entrou em operação agora, após vários atrasos.

O governo espera que a nova infraestrutura não apenas reduza a necessidade de injeção de gás nos reservatórios do pré-sal, mas também impulsione o mercado consumidor do combustível, que é vital para diversas indústrias, como a química, de fertilizantes e de vidros.

Otimismo

Executivos do setor têm expressado otimismo quanto ao aumento da oferta de gás, embora haja uma preferência por parte da Petrobras e seus parceiros em injetar parte da produção nos reservatórios para estimular a extração de petróleo. A oferta a preços mais competitivos, conforme desejado pelo governo, pode exigir mudanças na política comercial da empresa.

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Rivaldo Moreira Neto, diretor sênior da A&M Infra, destacou que a nova unidade ajudará a Petrobras a reduzir as importações e a melhorar sua competitividade no mercado, permitindo à empresa disputar grandes clientes com maior eficiência.

“Mas, por outro lado, não muda o eixo de concentração do setor. Pelo contrário, amplia essa concentração”, afirma.

Sistema de gás

O sistema de gás agora inaugurado é a primeira obra concluída na área do Comperj, um projeto originalmente concebido durante os primeiros mandatos de Lula para abrigar uma refinaria e um complexo petroquímico. No entanto, o projeto foi paralisado após o início da Operação Lava Jato.

O Comperj foi um dos principais alvos das investigações e esteve no centro da delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. De acordo com a última atualização do Tribunal de Contas da União (TCU) em 2022, o projeto acumulou prejuízos de US$ 14 bilhões (aproximadamente R$ 80 bilhões na cotação atual).

Durante o governo de Jair Bolsonaro, rebatizaram o projeto como Polo GasLub e reduziram significativamente seu escopo original. O foco passou a ser apenas no sistema de gás e na construção de uma fábrica de lubrificantes. Agora, sob a administração de Lula, a área será rebatizada como Complexo de Energias Boaventura.

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Com a volta de Lula à presidência, a Petrobras decidiu retomar as obras da refinaria, com a intenção de concentrar-se na produção de diesel. Além disso, estuda-se a instalação de uma usina termelétrica no local para otimizar o uso do gás natural. No entanto, o avanço desse investimento está condicionado à realização de leilões do governo. Isto, para a contratação de capacidade de geração de energia.


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