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Metálicas em baixa após balanços insatisfatórios; Méliuz se destaca com maior valorização no Ibovespa.
A sexta-feira foi desfavorável para o mercado de metálicas. A baixa da cotação do minério de ferro, além de balanços trimestrais decepcionantes da Usiminas e Vale, prejudicaram o desempenho das companhias, que lideraram as perdas no Ibovespa.
Em contrapartida, a Méliuz teve o melhor desempenho do índice, impulsionada pela perspectiva de corte da Selic, que beneficia o setor de tecnologia. BRFS3 e MRFG3 também se destacaram entre as altas, enquanto os principais bancos buscaram recuperação após as quedas da véspera. As ações da Petrobras também fecharam em terreno positivo.
Desempenho negativo para Metálicas; Méliuz surpreende com alta
A sessão desta sexta-feira se mostrou desfavorável para as empresas de metálicas, com a cotação do minério de ferro em queda e os balanços do segundo trimestre da Usiminas (USIM5) e da Vale (VALE3) vindo aquém das expectativas.
As companhias enfrentaram significativa desvalorização, com a Usiminas liderando as perdas no Ibovespa, com queda de 5,34%, enquanto a Vale perdeu 3,96%.
Já a Méliuz (CASH3) destoou do cenário e apresentou o melhor desempenho do índice, com uma valorização de 7,76%. A possibilidade de um corte da taxa Selic na próxima semana, que tende a beneficiar o segmento de tecnologia, provavelmente estimulou o desempenho da empresa.
Outros destaques de alta vieram do setor de alimentos, com a BRFS3 e a MRFG3 registrando ganhos de 7,11% e 4,11%, respectivamente. A BRFS3 foi apoiada por um relatório do BTG, que indicou tendências positivas para a companhia no curto prazo.
O setor de educação também apareceu no ranking positivo, com a YDUQ3 e a COGN3 registrando valorizações de 4,87% e 2,75%, respectivamente.
Os principais bancos buscaram se recuperar após as quedas expressivas na sessão anterior, com o ITUB4, SANB11, BBDC3, BBAS3 e BBDC4 todos registrando valorizações. As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) também encerraram a sessão em terreno positivo.
Dólar à vista segue mercado externo e cai, mantendo tendência de queda semanal
Já o dólar à vista registrou queda nesta sexta-feira, impactado pelas movimentações do mercado internacional. A moeda americana sentiu os efeitos da desaceleração do PCE (Índice de Preços de Consumo Pessoal) no mês de junho nos Estados Unidos. Isso levou o dólar a furar a barreira dos R$ 4,70 durante a manhã, atingindo a mínima intraday de R$ 4,6966, o menor valor desde maio de 2022.
Na quinta-feira, a divulgação do PIB americano acima das expectativas valorizou a moeda. Contudo, dados recentes mostrando um resfriamento no consumo, na renda e na inflação dos EUA reduziram o medo de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) continue aumentando os juros.
No cenário japonês, a decisão do Banco Central de “flexibilizar” o controle da curva de juros fez o iene cair fortemente, impactando a queda do índice DXY, que monitora a performance do dólar contra outras moedas. A ação do BC japonês foi vista como mais suave do que o esperado, fazendo a moeda japonesa devolver os ganhos de ontem.
No cenário local, a taxa de desemprego de junho chegou a 8%, o menor valor das estimativas, reforçando a visão de um mercado de trabalho brasileiro resiliente. Isso demandará cautela do Copom (Comitê de Política Monetária) do Brasil na próxima quarta-feira, com uma expectativa de corte de 0,25pp na taxa básica de juros.
O dólar à vista fechou a semana com queda de 0,59%, cotado a R$ 4,7308, marcando a terceira semana consecutiva de valorização do real frente à moeda americana. No fechamento, o dólar futuro para agosto registrava queda de 0,30%, cotado a R$ 4,7320. O euro e a libra esterlina também registraram alta, enquanto o iene caiu em relação ao dólar.
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