
- 27 ações de 12 setores atingem máximas junto com o Ibovespa e o IDIV
- Bancos e energia elétrica puxam o movimento e reforçam o rali amplo
- Incorporadoras lideram o ranking de valorização, todas acima de 120%
O Ibovespa (IBOV) e o IDIV atingiram recordes históricos em 28 de novembro de 2025, e o movimento puxou 27 ações dos dois índices a novos máximos. O levantamento da Elos Ayta mostra que o rali ganhou força na última semana do mês e foi acompanhado por empresas de 12 setores, sinalizando fôlego amplo no mercado.
Além do avanço dos índices, a alta conjunta das ações sugere migração acelerada para papéis de maior qualidade após a queda estrutural dos juros. O movimento mostra um fluxo mais democrático, com forte presença de bancos, energia elétrica e incorporadoras.
Incorporadoras dominam os maiores retornos do ano
O setor de incorporação lidera o ranking de valorização acumulada em 2025, com Lavvi (LAVV3), Cury (CURY3), JHSF (JHSF3) e Cyrela (CYRE3) ocupando as quatro primeiras posições. A combinação entre crédito mais barato, melhora nas vendas e margens robustas fortaleceu os papéis ao longo do ano.

Na sequência, Copasa (CSMG3), BTG Pactual (BPAC11) e Axia Energia (AXIA6/AXIA3) também ultrapassaram os 100% de valorização, reforçando a dispersão setorial do rali. Esses avanços mostram uma reprecificação acelerada, impulsionada por fundamentos sólidos e maior previsibilidade macroeconômica.
Desse modo, o rali ganhou força nos últimos dias do mês. Além disso, 20 das 27 ações atingiram máximas em 28 de novembro, indicando forte pressão compradora no fechamento.
Bancos e energia elétrica puxam o desempenho dos índices
O setor bancário voltou ao centro da Bolsa, com Itaú (ITUB3; ITUB4), BR Partners (BRBI11), ABCB4, Santander (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11) registrando máximas históricas. O avanço reflete melhora no crédito, rentabilidade crescente e expansão de margens, um sinal de força estrutural do setor.
Na energia elétrica, o rali se espalhou entre empresas de transmissão, geração e distribuição, como ISA Energia (ISAE4), CPFL (CPFE3), Energisa (ENGI11) e Equatorial (EQTL3). A queda dos juros aumentou a busca por dividendos previsíveis, fortalecendo o segmento ao longo do ano.
O movimento atingiu ainda companhias de telecomunicações, varejo e logística, como TIM (TIMS3), Telefônica (VIVT3), Vulcabras (VULC3) e Tegma (TGMA3), mostrando um rali amplo e diversificado, algo típico de ciclos de virada macroeconômica.
Alta dos índices consolida novembro como mês decisivo para ações
Com o rali, o Ibovespa acumula 32,25% de alta em 2025 até 28 de novembro, enquanto o IDIV avança 28,11%, favorecido pelo peso de bancos e elétricas.
Nesse sentido, a performance reposiciona a Bolsa em patamar histórico e abre espaço para revisões otimistas de fluxo no início de 2026.
Ademais, o avanço simultâneo de setores defensivos e cíclicos reforça a tese de que o mercado encontra uma janela rara de reprecificação.
Por fim, o mês de novembro se torna um divisor de águas para a consolidação das expectativas positivas para o próximo ano.