
- Investidores antecipam decisão positiva após aceno da companhia e estabilidade no preço do petróleo.
- Produção cresce em fevereiro e anima mercado. Papel sobe mais de 6% no dia.
- Ação salta 8,1% com balanço positivo e atenção dos investidores de varejo.
O Ibovespa encerrou a quarta-feira (26) em alta, impulsionado pelo desempenho de grandes empresas do setor de energia e pelo movimento positivo de ações de médio porte. Petrobras (PETR4), Prio (PRIO3) e Brava (BRAV3) lideraram os ganhos do dia, refletindo resultados sólidos e expectativas otimistas por parte de investidores e analistas.
Petrobras avança com perspectiva de distribuição e estabilidade no petróleo
Os papéis preferenciais da Petrobras encerraram o dia com alta de 2,7%. A valorização veio na esteira da expectativa do mercado em relação à eventual retomada da distribuição de dividendos extraordinários, após o recente encontro com analistas do Citi. A estatal reafirmou foco em disciplina financeira, mas sinalizou que o pagamento adicional segue em avaliação.
Além disso, a cotação do petróleo tipo Brent operou com leve recuperação, contribuindo para o desempenho das ações da companhia. O cenário externo mais estável, combinado à previsão de aumento na produção do pré-sal, reforçou a percepção de que a petroleira pode manter margens saudáveis nos próximos trimestres.
Portanto, investidores se anteciparam a possíveis anúncios futuros e retomaram posição no papel, que vinha sofrendo pressão desde o início do mês por incertezas sobre política de dividendos.
Prio dispara após prévia operacional e recuperação no petróleo
A ação da Prio, antiga PetroRio, subiu 6,4% nesta quarta-feira. O desempenho expressivo refletiu a divulgação da prévia operacional de fevereiro, que apontou crescimento de 7,8% na produção média diária em relação a janeiro. O resultado indica que a empresa continua avançando no processo de estabilização dos ativos adquiridos recentemente.
Além disso, o leve avanço no preço do barril de petróleo influenciou o apetite por ações do setor de óleo e gás. No caso da Prio, o movimento de alta também se apoiou na leitura do mercado de que a companhia manterá um fluxo de caixa forte e previsível nos próximos trimestres.
Analistas destacaram que, mesmo com a valorização recente, os papéis ainda negociam com múltiplos atrativos, especialmente se a produção seguir em tendência de alta. Por isso, diversas casas de análise mantiveram recomendação de compra.
Brava avança com resultado robusto e atenção de investidores pessoa física
A Brava Investimentos (BRAV3) também foi destaque do pregão, com alta de 8,1% nesta quarta-feira. O papel reagiu positivamente ao balanço divulgado na terça-feira, que apresentou lucro líquido recorde de R$ 92 milhões em 2024, com crescimento consistente nas receitas e margens.
Além do desempenho financeiro, a companhia chamou a atenção de investidores de varejo. A ação liderou as buscas na internet entre ativos listados no Ibovespa nesta semana. O forte engajamento nas redes sociais e fóruns especializados contribuiu para o aumento da liquidez e valorização expressiva.
Enquanto isso, analistas reforçaram a leitura de que a empresa atua com foco em nichos rentáveis e mantém bom controle de despesas. A expectativa de maior distribuição de dividendos também fortaleceu o otimismo.
Portanto, o movimento altista da BRAV3 foi alimentado tanto por fundamentos quanto por um efeito de exposição orgânica nas plataformas digitais e financeiras.
Ibovespa retoma fôlego com apoio do setor de energia
O principal índice da B3 fechou o dia com alta de 1,13%, aos 132.425 pontos. O avanço marcou a recuperação após duas sessões de queda e foi impulsionado, sobretudo, pelo desempenho de empresas ligadas ao setor de energia.
Em paralelo, o cenário externo ajudou a diminuir a aversão ao risco, com dados econômicos neutros nos Estados Unidos e estabilidade nas taxas de juros. Com isso, os investidores buscaram ativos de maior risco, favorecendo ações ligadas a commodities e empresas com fundamentos sólidos.
Apesar do alívio pontual, analistas recomendam cautela. O mercado ainda monitora fatores como decisões de política monetária no Brasil e nos EUA, além da trajetória fiscal do governo federal.