Estratégia

Banco do Brasil (BBAS3) acelera corrida bilionária no agro sustentável e surpreende com meta para 2030

BB amplia foco no crédito verde e projeta R$ 200 bilhões apenas no agronegócio ESG.

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  • EcoInvest deve iniciar desembolsos no início de 2026.
  • BBAS3 projeta R$ 200 bilhões no agro ESG e acelera metas para 2030.
  • Captação internacional de R$ 3 bilhões reforça projetos sustentáveis.

O Banco do Brasil (BBAS3) intensificou sua estratégia no agronegócio sustentável e projeta que a carteira ESG do setor alcance R$ 200 bilhões até 2030, após registrar R$ 173 bilhões já classificados com esse selo. Hoje, 40% do agro do banco segue critérios ambientais e sociais.

O avanço previsto inclui um crescimento adicional de R$ 30 bilhões, impulsionado pela demanda por crédito ligado à energia renovável, recuperação de áreas degradadas e práticas agrícolas de baixo impacto.

Expansão do crédito sustentável

O BB quer atingir R$ 500 bilhões em carteira ESG ativa até 2030, considerando todos os setores. No agro, os projetos vão de plantio direto e florestas plantadas até iniciativas para agricultura familiar e sociobiodiversidade.

A estratégia envolve aproximação com empresas que compram produção rural, criando ponte entre produtores e mercado. Além disso, programas como Pronaf Floresta e Renovagro seguem oferecendo juros menores, incentivando pequenos e médios produtores a investir em soluções sustentáveis.

Portanto, a prioridade é ampliar o volume de projetos financiados e fortalecer cadeias produtivas que já operam com práticas de baixo impacto.

Captação verde e novos desembolsos

Na COP30, o banco captou R$ 3 bilhões em financiamentos externos dedicados a projetos sustentáveis. Esses valores reforçam o avanço do EcoInvest, cujos primeiros desembolsos devem ocorrer no primeiro trimestre de 2026.

Ademais, o BB ficou com R$ 4,1 bilhões do leilão e pretende operar o programa em três modelos: grandes produtores focados na recuperação de áreas, parcerias com grandes empresas que apoiam cadeias produtivas e distribuição por meio de fundos de investimento.

Por fim, o banco projeta juros de um dígito nas operações, dependendo da Selic e dos custos de captação, e espera confirmar as condições finais conforme as primeiras liberações forem realizadas.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.