Impactos comerciais

Dólar cai com planos tarifários de Trump e alta do petróleo

Preocupações com os impactos comerciais globais e aumento de inflação na China afetam o câmbio nesta segunda-feira (10).

Imagem/Reprodução
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  • O dólar à vista caiu 0,36%, cotado a R$ 5,772, influenciado pelas tensões comerciais causadas pelos planos tarifários de Donald Trump e o impacto positivo das commodities no Brasil
  • O aumento nos preços do petróleo e do minério de ferro ajudou a impulsionar o fluxo comercial, fortalecendo a moeda brasileira em relação ao dólar
  • Com a inflação em alta na China, o mercado se mostrou mais cauteloso, o que também afetou o comportamento do dólar e trouxe volatilidade ao câmbio global

Nesta segunda-feira (10), o dólar à vista operava com uma baixa de 0,36%, cotado a R$ 5,772 na compra e R$ 5,773 na venda, após um início de pregão positivo. A desvalorização da moeda americana diante do real vem sendo influenciada por uma série de fatores.

No entanto, incluindo a nova escalada nas tensões comerciais globais e o impacto de medidas tarifárias recentemente anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Novos planos tarifários de Trump

O anúncio de Trump sobre a imposição de tarifas sobre produtos importados gerou incertezas no mercado financeiro. Embora os investidores estivessem inicialmente cautelosos com a possibilidade de novas barreiras comerciais, a reação do dólar foi de queda frente ao real.

A alta volatilidade nas negociações internacionais de moedas reflete um cenário de tensões comerciais que ainda geram preocupações sobre o impacto na economia global.

O mercado ainda tenta digerir os desdobramentos dessa política comercial agressiva do presidente americano. O aumento das tarifas pode afetar diretamente as relações comerciais, provocando oscilações nos preços de commodities. E, ainda, nas transações financeiras internacionais.

Alta nos preços de commodities

Além das tensões comerciais, outro fator que ajudou a impulsionar a moeda brasileira foi a alta nos preços do petróleo e do minério de ferro.

O aumento da demanda e o impacto positivo dessas commodities no fluxo de comércio ajudaram a fortalecer o real no mercado cambial.

O petróleo, em particular, teve um crescimento significativo. Contudo, o que elevou o otimismo dos investidores, favorecendo a entrada de recursos no Brasil.

Esses fatores positivos contribuem para a recuperação do real, especialmente após um período de incertezas no cenário econômico global. A alta das commodities tem sido um fator importante para o fortalecimento da economia brasileira. Ainda, com o país se beneficiando da valorização desses produtos no mercado internacional.

Inflação na China

Outro ponto relevante para o câmbio nesta segunda-feira (10) foi o aumento da inflação na China.

Com dados econômicos que indicam um possível aumento dos preços no país asiático, os investidores estão atentos às consequências disso para a economia global. E, em particular, para as economias emergentes, como a brasileira.

A expectativa de que a inflação na China possa impactar a demanda por commodities, especialmente aquelas que o Brasil exporta, fez com que o mercado ficasse mais cauteloso.

Essa preocupação com a instabilidade econômica na maior economia asiática também afetou o comportamento do dólar. Assi, fazendo com que o real se recuperasse de maneira mais consistente.

Cotação do dólar

Às 10h13, o dólar à vista era negociado a R$ 5,772, com uma queda de 0,36%. Na B3, o contrato de dólar futuro com vencimento mais próximo registrava um recuo de 0,62%, sendo cotado a 5.794 pontos.

No mercado comercial, o dólar operava com valores de compra e venda em R$ 5,815 e R$ 5,816, respectivamente. Para o dólar turismo, a cotação era um pouco mais alta, com valores de R$ 5,817 na compra e R$ 5,997 na venda.

Ainda nesta sessão, o Banco Central brasileiro realizará um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional, com o objetivo de rolar os vencimentos dos contratos programados para 5 de março de 2025.

A medida, no entanto, faz parte da estratégia do Banco Central de controlar a volatilidade do câmbio e garantir a estabilidade da moeda nacional.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ