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Dólar Canadense despenca após tarifas de Trump

Os mercados globais enfrentaram uma forte queda nesta segunda-feira (3), refletindo o impacto das novas tarifas impostas pelo presidente.

Dólar Canadense despenca após tarifas de Trump
  • As bolsas globais caíram e o dólar se valorizou após o anúncio de novas tarifas de Trump
  • O dólar canadense e o peso mexicano caíram devido às tarifas sobre produtos desses países
  • O setor de tecnologia sofreu perdas, com incertezas sobre o impacto nas cadeias de suprimentos

Os mercados acionários globais enfrentaram uma forte queda nesta segunda-feira (3), refletindo o impacto das novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A medida, que inclui taxas de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá. Além de uma tarifa de 10% sobre produtos chineses, que gerou uma reação imediata dos investidores, com mercados de ações em queda e o dólar se valorizando.

Na Europa, o índice Stoxx Europe 600, que reúne as principais ações do continente, registrou uma queda de 1,3% logo pela manhã. A Bolsa de Londres (FTSE 100) também recuou 1,4%, sinalizando o impacto negativo da decisão sobre o comércio internacional.

Nos Estados Unidos, os contratos futuros do S&P 500 caíram 1,6%, enquanto o Nasdaq, que é focado em tecnologia, viu uma desvalorização ainda maior de 1,9%.

Efeito sobre moedas e mercados

A nova política tarifária de Trump teve um impacto imediato sobre as moedas de países vizinhos e parceiros comerciais dos EUA. O dólar canadense sofreu uma queda significativa, atingindo o nível mais baixo desde 2003.

Contudo, após a imposição de tarifas de 25% sobre produtos do México e Canadá, com exceção dos produtos do setor energético canadense, que enfrentam uma tarifa reduzida de 10%. Já o peso mexicano desvalorizou-se em quase 3%, refletindo a insegurança gerada pela incerteza econômica.

A decisão de Trump também aumentou a aversão ao risco entre os investidores. Dessa forma, o que impulsionou a valorização do dólar, considerado um ativo mais seguro em tempos de crise.

Índices atrelados ao desempenho da moeda americana, como o DXY (índice do dólar), subiram, à medida que os investidores procuraram proteger seus ativos frente ao cenário de instabilidade econômica.

Setor de tecnologia e mercados voláteis

O setor de tecnologia foi um dos mais atingidos pela turbulência do mercado. Com a queda nas bolsas americanas, empresas de tecnologia, que já vinham sofrendo com a volatilidade nos últimos meses, tiveram um dia difícil.

Entre os papéis mais afetados estão gigantes como Apple, Microsoft e Amazon. Quue, diante das incertezas econômicas, enfrentaram perdas consideráveis no valor de suas ações.

Além disso, a imposição de tarifas adicionais, especialmente sobre produtos chineses, levantou novas preocupações sobre os impactos nas cadeias de suprimentos globais. Dessa forma, o que também afetou o setor de tecnologia.

As empresas que dependem de manufatura na China e de componentes chineses estão agora em alerta, pois as novas tarifas podem aumentar os custos e afetar a competitividade dos produtos no mercado internacional.

O futuro do comércio global

Com as tarifas sobre o México, Canadá e China, o cenário do comércio internacional entra em uma nova fase de tensão. Trump já afirmou que, caso não haja acordos satisfatórios, tarifas adicionais sobre a União Europeia são “inevitáveis”, o que adiciona mais pressão às relações comerciais globais.

A escalada dessas medidas protecionistas pode levar a uma desaceleração econômica não apenas nos Estados Unidos, mas também nas economias globais mais interdependentes.

As bolsas de valores e os mercados financeiros, em geral, tendem a continuar voláteis enquanto os investidores aguardam os desdobramentos dessa guerra comercial.

A economia global, já fragilizada por outros fatores como a pandemia de COVID-19, enfrenta agora o risco de um novo período de incerteza, o que pode afetar os mercados de commodities, o comércio internacional e o fluxo de investimentos.

À medida que as tarifas de Trump impactam cada vez mais os parceiros comerciais dos EUA, o mundo observa atentamente os próximos passos do governo americano e as reações de outras economias, como a China e a União Europeia, que já indicaram que retaliarão com novas tarifas sobre produtos americanos.

A guerra comercial parece longe de ser resolvida, e os mercados financeiros terão que navegar por um caminho incerto nos próximos meses.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ