Guerra comercial

Dólar opera em alta moderada em meio a tensões comerciais

Investidores aguardam dados econômicos dos EUA enquanto lidam com as incertezas da guerra comercial.

Imagem/Reprodução
Imagem/Reprodução
  • O dólar opera com leve alta nas primeiras negociações, reflexo de incertezas no mercado global
  • A disputa comercial entre os EUA e seus parceiros comerciais, incluindo a União Europeia, pesa sobre os mercados financeiros
  • Investidores aguardam dados de emprego e inflação nos EUA para definir próximos passos em relação à política monetária

O dólar operava com leve alta nas primeiras negociações desta quinta-feira (13), refletindo ganhos no exterior enquanto investidores se posicionam diante das preocupações com uma guerra comercial em expansão.

O mercado está particularmente atento aos dados de emprego e inflação dos Estados Unidos, que podem fornecer novas pistas sobre os próximos passos da economia global.

Dólar em leve alta

Às 9h10, o dólar à vista apresentava uma leve alta de 0,12%, sendo negociado a R$ 5,815 na compra e R$ 5,816 na venda. Na B3, o dólar para abril, que é o contrato mais líquido no Brasil, subia 0,13%, atingindo 5.835 pontos.

Esse movimento reflete o impacto das tensões comerciais globais, especialmente as relacionadas aos Estados Unidos. E, ainda, a cautela dos investidores diante de possíveis alterações nas políticas monetárias.

O dólar comercial no Brasil também apresentou uma ligeira alta. O valor de compra e venda foi fixado em R$ 5,808. Já o dólar turismo, mais voltado para transações de menor volume e maior volatilidade, registrava preços entre R$ 5,836 na compra e R$ 6,016 na venda.

Tensão comercial afeta mercados

O aumento no valor do dólar ocorre no contexto de tensões comerciais latentes entre os Estados Unidos e seus principais parceiros, especialmente com a União Europeia e outros blocos comerciais.

A disputa comercial entre os EUA e seus aliados tem gerado incertezas no mercado financeiro. E, por isso, os investidores continuam vigilantes.

A mais recente manifestação de tensão veio de declarações do presidente Donald Trump, que prometeu responder a uma ameaça da União Europeia de impor tarifas de 26 bilhões de euros (aproximadamente US$ 28 bilhões) sobre produtos dos EUA a partir do próximo mês.

Isso ocorre após o anúncio de Trump de tarifas gerais sobre importações de aço e alumínio. Contudo, o que aumentou a pressão sobre os mercados globais.

Essa dinâmica de imposição de tarifas e a resposta imediata de contramedidas por parte das potências comerciais estão criando um ambiente de incerteza, que reflete diretamente nas cotações das moedas.

O mercado financeiro global, já tenso por outras razões, agora lida com a imprevisibilidade da política comercial americana. Dessa forma, o que torna o dólar ainda mais volátil.

Expectativas sobre dados econômicos dos EUA

Além das preocupações comerciais, os investidores estão atentos aos próximos dados de emprego e inflação dos Estados Unidos. Esses dados podem fornecer pistas sobre a saúde econômica americana. Além de influenciar as decisões futuras sobre políticas monetárias do Federal Reserve (Fed).

O mercado espera que a divulgação desses números traga mais clareza sobre as perspectivas de crescimento econômico, que podem impactar diretamente a cotação do dólar.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ