Dia tranquilo

Dólar opera estável com tarifas de Trump e IPCA em foco

O dólar à vista iniciou a terça-feira (11) com leve estabilidade em relação ao real, operando a R$ 5,783 tanto na compra quanto na venda.

Imagem/Reprodução
Imagem/Reprodução
  • O dólar à vista iniciou a terça-feira em leve queda, cotado a R$ 5,783
  • Medida do presidente dos EUA impacta o comércio internacional e o mercado cambial
  • O Brasil registrou um IPCA de 0,16%, acima da expectativa, o que pode influenciar a política monetária.

O dólar à vista iniciou a terça-feira (11) com leve estabilidade em relação ao real, operando a R$ 5,783 tanto na compra quanto na venda. Dessa forma, enquanto o mercado digeria duas informações que devem impactar a dinâmica cambial: a oficialização, por parte de Donald Trump, da imposição de tarifas sobre as importações de aço e alumínio para os Estados Unidos. Além da divulgação dos dados de inflação no Brasil.

Os investidores ficaram atentos ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou uma alta de 0,16% em janeiro, superando a taxa de 0,52% registrada em dezembro.

Esse número surpreendeu positivamente o mercado, já que a expectativa era de uma variação de apenas 0,14%, de acordo com o consenso do Lseg.

Em termos anuais, o IPCA acumula alta de 4,83% nos últimos 12 meses. Contudo, o que permanece dentro da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central.

Tarifas de Trump

O mercado também reagiu à decisão de Donald Trump de reimplantar tarifas sobre as importações de aço e alumínio nos Estados Unidos. Essa medida tem o potencial de afetar o comércio internacional, especialmente o Brasil. Que, portanto, é um grande exportador desses materiais para os EUA.

A imposição de tarifas pode aumentar os custos de exportação para as indústrias brasileiras e afetar o valor do real em relação ao dólar, devido às reações no mercado global.

Embora a decisão tenha sido antecipada e, em parte, já precificada pelos investidores, a implementação efetiva das tarifas trouxe volatilidade para os mercados financeiros. Assim, resultando em um movimento misto no câmbio.

Inflação e expectativas

Outro fator que pesa sobre a cotação do dólar é o desempenho da inflação brasileira. O IPCA de janeiro foi o menor desde a criação do Plano Real em 1994, um indicativo de que o controle sobre os preços no Brasil segue mais eficaz do que em anos anteriores.

Este dado foi bem recebido pelos investidores, que projetam um impacto mais modesto da inflação sobre a política monetária do Banco Central. A expectativa é de que a inflação não ultrapasse o teto da meta. Contudo, o que pode sustentar um cenário de juros mais baixos, favorecendo o investimento no Brasil.

Com isso, o mercado continuou acompanhando a trajetória do câmbio, que foi impactado tanto por fatores internacionais, como as tarifas impostas pelos EUA, quanto por fatores domésticos, como a inflação controlada.

Futuro imediato

Nos primeiros negócios da terça-feira, o dólar à vista operava em leve baixa de 0,04%, a R$ 5,783, enquanto o contrato futuro de primeiro vencimento tinha queda de 0,15%, cotado a R$ 5,803.

O Banco Central, em sua política de rolagem de swaps cambiais, anunciou um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional.

O mercado observa essa movimentação com atenção, já que ela pode indicar uma tentativa de estabilizar a cotação da moeda norte-americana.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ