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Dólar recua e Ibovespa sobe após declarações de Lula sobre controle fiscal

Ações do mercado financeiro e varejo impulsionam alta do ibovespa

Dólar recua e Ibovespa sobe após declarações de Lula sobre controle fiscal

O dólar comercial registrou queda de 0,81% nesta sexta-feira (20), fechando o dia a R$6,07, seu menor valor na semana. A moeda americana já havia alcançado a marca histórica de R$ 6,27 na última quarta-feira (18), refletindo uma instabilidade que precedeu a redução observada hoje. O movimento de desvalorização do dólar foi intensificado após uma série de eventos que envolveram declarações do presidente Lula (PT).

O fortalecimento do real foi impulsionado por um discurso de Lula, que reafirmou o compromisso do governo com a estabilidade fiscal do Brasil.

“Estamos mais confirmados do que nunca de que a estabilidade econômica e a luta contra a inflação são as coisas mais importantes para proteger o salário e o poder de compra das famílias brasileiras”.

disse o presidente.

Ele também garantiu apoio contínuo ao novo presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo, e reiterou a importância de “medidas adicionais” para conter os gastos públicos no futuro próximo.

Lula fez essas declarações após o Congresso brasileiro aprovar as principais propostas de corte de gastos, embora com ajustes significativos. A aprovação dessas medidas fiscais surgiu em um momento de crescente preocupação com os déficits fiscais do país. A reação positiva dos mercados foi imediata, refletida na alta de 0,75% do Ibovespa (IBOV), que terminou o dia aos 122.102 pontos, após a declaração de Lula.

Queda semanal

Embora o índice tenha registrado um desempenho positivo nesta sexta-feira, na semana o Ibovespa acumulou uma perda de 2,01%. Essa queda semanal reflete um cenário de incertezas econômicas, tanto internas quanto externas. No exterior, os principais índices de ações dos EUA também enfrentaram dificuldades. O Dow Jones, por exemplo, teve uma queda de 2,3% na semana, sua terceira consecutiva de perdas. Já o S&P 500 e o Nasdaq apresentaram oscilações menores, com o primeiro registrando um aumento de 2% e o segundo uma queda de 1,8%.

A mineradora Vale (VALE3) foi um dos destaques positivos, com uma alta de 1,58%, atingindo a máxima do dia, embora o minério de ferro tenha registrado perdas ao longo da semana. No entanto, o desempenho de Petrobras (PETR4) não foi tão favorável, com a ação recuando 0,83%, mesmo com a alta do petróleo internacional, que tradicionalmente impacta positivamente as ações da companhia.

O setor bancário teve um papel crucial na recuperação do índice, com Bradesco (BBDC4) liderando os ganhos ao registrar um aumento de 2,26%. Itaú Unibanco (ITUB4) seguiu a tendência, subindo 1,16%. O maior destaque do setor financeiro, no entanto, foi a B3 (B3SA3), que teve uma valorização expressiva de 2,91%, mostrando o otimismo do mercado com a estabilidade econômica.

O setor de varejo também foi um grande impulsionador do índice, com as ações de empresas que se beneficiam da temporada de compras de fim de ano registrando ganhos substanciais. Magazine Luiza (MGLU3) subiu 2,38%, Lojas Renner (LREN3) teve um avanço de 3,23%, e Assaí (ASAI3) disparou 6,07%. Esses ganhos refletem a expectativa de aumento no consumo durante o Natal, um dos períodos mais lucrativos para o setor.

Por outro lado, o desempenho de WEG (WEGE3) foi negativo, com a ação caindo 1,63%, apesar das projeções positivas de analistas sobre a empresa. Já Eletrobras (ELET3) teve um bom dia, com alta de 1,15%, sendo beneficiada pelo pagamento de dividendos, o que trouxe otimismo aos investidores.

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