- Dólar à vista registrava uma queda de 0,13%, sendo cotado a R$ 6,057 na compra e R$ 6,058 na venda, enquanto o mercado aguarda a posse de Donald Trump e leilões do Banco Central
- O Banco Central realizará dois leilões de linha nesta segunda-feira, com oferta total de 2 bilhões de dólares, com o objetivo de controlar a liquidez e estabilizar o câmbio
- A posse de Donald Trump como presidente dos EUA nesta segunda-feira gera incertezas no mercado cambial, com investidores atentos a possíveis movimentos econômicos globais
O dólar à vista iniciou a semana com leve queda frente ao real nesta segunda-feira (20), às vésperas da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Além do mercado local em compasso de espera para dois leilões de linha promovidos pelo Banco Central.
Às 9h10, o dólar à vista operava em queda de 0,13%, cotado a R$ 6,057 na compra e R$ 6,058 na venda. No mercado futuro da B3, o dólar para fevereiro também registrava leve queda de 0,11%, sendo negociado a R$ 6,080.
Na sexta-feira (17), a moeda americana teve uma leve alta de 0,16%, fechando a R$ 6,0650. No entanto, na semana passada, o dólar acumulou uma baixa de 0,62%, refletindo um movimento de ajuste dos investidores antes da posse de Trump. E, também, dos dados econômicos importantes que estão por vir.
Leilões de linha pelo Banco Central influenciam o mercado
O Banco Central informou na última sexta-feira que realizará dois leilões de linha nesta segunda-feira. Assim, com o objetivo de reforçar a liquidez do mercado e proporcionar um maior controle sobre o câmbio.
O primeiro leilão de linha (A) acontecerá das 10h20 às 10h25, com a oferta de 1 bilhão de dólares, com compromisso de recompra em novembro de 2025. Já o segundo leilão de linha (B), das 10h40 às 10h45, também terá 1 bilhão de dólares em oferta, com data de recompra marcada para dezembro de 2025.
Esses leilões de linha são uma ferramenta do Banco Central para fornecer dólares ao mercado com a condição de recompra futura. Dessa forma, ajudando a estabilizar a moeda e controlar os fluxos de capital.
Os investidores aguardam ansiosamente os resultados dessas operações, pois elas podem influenciar o preço do dólar. Além do comportamento do mercado durante o dia.
Além disso, a autoridade monetária também realizará um leilão de até 20.053 contratos de swap cambial tradicional. Ainda, visando a rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.
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Essas operações de swap cambial são uma forma de o Banco Central atuar indiretamente no mercado de câmbio. Como citado, protegendo a economia de movimentos bruscos e contribuindo para a manutenção da estabilidade da moeda brasileira.
Expectativa pela posse de Donald Trump
A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20), é um evento aguardado com grande atenção pelos mercados financeiros globais.
Trump tem um histórico de políticas econômicas que impactam diretamente a moeda americana. E, que torna sua posse, no entanto, um momento de incertezas e expectativas para os investidores.
Os mercados aguardam para ver quais serão as primeiras medidas de Trump em relação à economia e ao comércio internacional, o que pode gerar volatilidade no mercado cambial.
Os analistas não descartam, portanto, a possibilidade de movimentos mais agressivos por parte do presidente eleito. Especialmente, no que diz respeito à política monetária dos Estados Unidos, o que pode refletir nas taxas de câmbio em todo o mundo.
Enquanto isso, o mercado doméstico brasileiro está atento aos leilões de linha do Banco Central, que podem trazer maior estabilidade para o câmbio nos próximos dias.
A combinação desses fatores, como a posse de Trump e as intervenções do BC, tornam o cenário econômico de hoje mais volátil, com o dólar ainda longe de uma tendência definida.
Cotações do dólar nesta segunda-feira:
- Dólar comercial
Compra: R$ 6,057
Venda: R$ 6,058 - Dólar turismo
Compra: R$ 6,133
Venda: R$ 6,313
Com os mercados atentos a esses eventos e com o acompanhamento dos leilões de linha, os investidores esperam um início de semana marcado por volatilidade, à medida que se prepara para os próximos passos tanto do Banco Central quanto das políticas do novo governo dos Estados Unidos.
