
- O Ibovespa caiu 0,45%, o dólar subiu para R$ 5,75 e os juros futuros avançaram, refletindo as novas projeções para inflação, dólar e PIB em 2025
- Fernando Haddad reforçou confiança no arcabouço fiscal, mas destacou a necessidade de ajustes na máquina pública, impactaram os mercados
- O Brasil enfrenta pressões econômicas, com o mercado financeiro reagindo às incertezas e às expectativas de ajustes futuros
Em meio à volatilidade do mercado, economistas e analistas reduziram suas projeções para a inflação, o crescimento do PIB e o dólar em 2025. A inflação, que vinha mostrando sinais de desaceleração, deverá continuar abaixo das expectativas anteriores, refletindo uma menor pressão nos preços.
No entanto, a moeda americana segue instável, e a projeção para o dólar foi revisada para R$ 5,75. Já o PIB, que ainda tenta se recuperar dos efeitos da pandemia e da inflação, terá um crescimento mais modesto do que o inicialmente esperado, com algumas previsões indicando um avanço de apenas 1% para o próximo ano.
Plano dos EUA para excluir tarifas de setores específicos
Em um movimento que pode impactar o comércio internacional, os Estados Unidos estão planejando a exclusão de tarifas para setores específicos a partir de 2 de abril de 2025, conforme reportado por jornais internacionais. Essa medida visa aliviar a pressão sobre empresas que enfrentam custos elevados devido às tarifas impostas nos últimos anos.
A ação é vista como uma tentativa de fortalecer o comércio global e melhorar as relações econômicas entre os países. Para o Brasil, a medida pode significar uma maior competitividade para as exportações, especialmente em setores como o agronegócio e a indústria.
Haddad e Alckmin comentam ajustes fiscais e inflação
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou estar confortável com o atual arcabouço fiscal, destacando que o governo tem avançado na consolidação das contas públicas. No entanto, ele reconheceu que ajustes na “máquina pública” são necessários para garantir a sustentabilidade fiscal no longo prazo.
Já o vice-presidente Geraldo Alckmin defendeu a retirada dos preços de alimentos e energia do cálculo da inflação, argumentando que essa medida ajudaria a reduzir a percepção de inflação alta entre a população. A proposta gerou controvérsias, com economistas divididos sobre os impactos dessa mudança.
Ações em destaque
No mercado de ações, as empresas têm mostrado reações mistas. A Americanas (AMER3) continua em leilão com uma valorização de 10,69%, atingindo R$ 7,97. As ações da Embraer (EMBR3) caíram 1,85%, enquanto as da Petrobras (PETR3) também apresentaram baixa de 0,72%.
No setor financeiro, o Bradesco (BBDC4) se recuperou ligeiramente, com uma alta de 0,08%, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) teve uma leve queda de 0,28%.
Expectativas para o futuro
O cenário para os próximos meses permanece incerto, com os analistas atentos às movimentações fiscais e monetárias do governo brasileiro e à dinâmica global. A expectativa é de que o mercado continue volátil, especialmente com as mudanças nas projeções econômicas para 2025.
O governo, por sua vez, segue buscando alternativas para equilibrar as contas públicas e estimular o crescimento, enquanto os empresários aguardam as medidas que podem afetar diretamente o ambiente de negócios no país.