Índice em alta

Ibovespa em positivas, dólar sobe e juros futuros seguem mistos

Projeções para inflação em 2026 aumentam pela 8ª semana, enquanto café pressiona índices econômicos.

Ibovespa em positivas, dólar sobe e juros futuros seguem mistos
  • Ibovespa sobe aos 128,5 mil pontos: O índice registrou leve alta de 0,03%, impulsionado por ações da Eletrobras e Petrobras
  • Focus aponta alta da inflação em 2026: Projeções para a inflação continuam subindo, pressionadas pelo aumento dos preços do café e outros produtos
  • Banco Central e PTAX: O Banco Central divulga a primeira parcial da PTAX, com cotação de compra e venda do dólar a R$ 5,71

Nesta segunda-feira (17), o Ibovespa segue com uma leve alta, alcançando os 128.500 pontos. Impulsionado, contudo, por uma recuperação de alguns dos papéis mais negociados da Bolsa.

Enquanto isso, o dólar comercial também sobe, cotado a R$ 5,71, refletindo um movimento misto nos juros futuros. O mercado está atento a diversos fatores econômicos, com destaque para a alta das projeções para a inflação em 2026, que já sobe pela oitava semana consecutiva. Além da pressão do café nos índices de preços, que impacta diretamente o IGP-10.

Focus e projeções para inflação em 2026

O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, revelou um aumento nas projeções para a inflação em 2026, pela oitava semana seguida. A expectativa do mercado é de que os preços continuem a pressionar a economia. Assim, o que tem gerado incertezas sobre as ações futuras do governo e do Banco Central.

O aumento das projeções para a inflação está relacionado com o cenário de custos elevados em setores importantes da economia, como o café, que tem impacto direto no Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), que subiu mais do que o esperado em fevereiro.

Esse aumento nos índices de inflação faz com que investidores mantenham uma postura cautelosa, com as expectativas de uma possível pressão sobre os juros. Além da política monetária, que deve ser monitorada de perto nas próximas semanas.

O cenário econômico continua instável, e a inflação elevada segue sendo uma das principais preocupações para a gestão fiscal e a estabilidade econômica do Brasil.

Café e IGP-10 pressionam inflação

O café, um dos principais produtos da cesta de consumo nacional, continua sendo um fator de pressão sobre a inflação. Com o aumento nos preços do produto, os custos de produção e o impacto sobre o consumidor final continuam a subir, influenciando os indicadores econômicos.

A alta do café se reflete diretamente nos índices de preços, com destaque para o IGP-10 de fevereiro, que superou as expectativas do mercado. Ainda, indicando que a inflação pode seguir um caminho de aceleração.

Essa situação gera uma pressão sobre o Banco Central, que precisa equilibrar as medidas para conter a inflação sem prejudicar o crescimento econômico.

A instabilidade no preço dos produtos básicos continua sendo, portanto, um desafio importante para o governo brasileiro.

Desempenho das principais ações

No início do pregão, o Ibovespa abriu com uma leve alta de 0,03%, aos 128.255,58 pontos, seguindo um movimento positivo nas bolsas internacionais. Entre os destaques, as ações da Eletrobras (ELET3 e ELET6) registraram altas de 0,80% e 0,48%, respectivamente. Dessa forma, refletindo o otimismo com as privatizações e os ajustes internos da companhia.

As ações da Petrobras também apresentaram ganhos, com PETR3 subindo 0,37% e PETR4 avançando 0,64%. Novamente, demonstrando otimismo em relação ao setor energético.

Por outro lado, a Embraer (EMBR3) começou o dia com leve alta de 0,05%, mas logo virou para uma queda de 0,10%, cotada a R$ 60,29. Dessa forma, refletindo a volatilidade no setor de aviação, que segue sendo impactado pela recuperação econômica lenta.

As ações da Vale (VALE3) também tiveram alta de 0,05%, cotadas a R$ 55,70, acompanhando o movimento geral de valorização no mercado.

Banco Central e o PTAX

O Banco Central também informou a primeira parcial da PTAX, com compra a R$ 5,7143 e venda a R$ 5,7149. Esses dados ajudam a mapear o fluxo de capitais e a balança comercial, ajustando a relação de câmbio de maneira mais precisa no mercado.

A pressão sobre o real, portanto, também influencia a atuação do Banco Central, que busca evitar grandes flutuações e tentar manter o equilíbrio nas taxas de câmbio.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ