Ibovespa fecha em alta de 0,85%, mas acumula perda semanal de 2,68%

Ibovespa encerra a semana com perdas, mas sobe 0,85% nesta sexta-feira impulsionado pela Vale

Ibovespa fecha em alta de 0,85%, mas acumula perda semanal de 2,68%

Ibovespa encerra a semana com perdas, mas sobe 0,85%

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta nesta sexta-feira, registrando uma valorização de 0,85%, aos 125.667,83 pontos. No entanto, apesar da recuperação no último pregão, o índice não conseguiu compensar as perdas acumuladas ao longo da semana, que totalizaram 2,68%, a maior queda semanal desde setembro deste ano.

A alta de hoje foi impulsionada principalmente pelo avanço das ações da Vale (VALE3), que subiram mais de 2%, contribuindo para o desempenho positivo do índice. O Ibovespa ainda oscilou entre os 123.946,16 pontos e 126.055,96 pontos durante o dia, com um volume financeiro de R$ 33,9 bilhões.

Destaques da semana e impacto das medidas fiscais

Em uma semana marcada por volatilidade, o governo federal divulgou, após quase um mês de espera, seu pacote de medidas fiscais. No entanto, a reação do mercado foi predominantemente negativa, com analistas considerando as ações do governo como “modestas” e com poucas propostas relevantes. Entre os pontos de crítica, destacam-se a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas, que gerou desconfiança quanto à real capacidade de compensação fiscal dessa medida, especialmente considerando a proposta de aumento da carga tributária para quem recebe mais.

O governo também anunciou ajustes na dívida pública, que continuam a ser uma preocupação para analistas financeiros. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, a dívida pública bruta do Brasil fechou outubro em 78,6% do PIB, ligeiramente acima dos 78,2% registrados no mês anterior. Por outro lado, a dívida líquida do setor público apresentou uma leve queda, passando de 62,4% para 62,1% do PIB. Esses números reforçam as preocupações sobre o endividamento crescente do país.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reuniram-se com o ministro da Fazenda para discutir a agenda fiscal do governo. Em uma declaração conjunta, Lira e Pacheco destacaram a importância das medidas fiscais, mas reiteraram que a questão da isenção do Imposto de Renda não será debatida no Parlamento neste momento. “A aprovação de qualquer proposta que envolva isenção do IR dependerá da existência de espaço fiscal para tal medida”, afirmaram.

Dívida Pública e indicadores econômicos

Na divulgação dos dados econômicos da semana, o aumento da dívida pública do Brasil continuou a ser um dos pontos mais comentados. A preocupação com o endividamento do país persiste, e o mercado está atento a como o governo irá equilibrar suas contas, sobretudo em um momento de juros altos e crescimento econômico baixo.

A dívida pública bruta do Brasil, que fechou outubro em 78,6% do PIB, é um reflexo das dificuldades fiscais do governo, que precisa alinhar suas metas de crescimento com medidas concretas para reduzir o endividamento sem prejudicar a recuperação econômica.

Mercado internacional

No cenário externo, os mercados norte-americanos tiveram um desempenho positivo, mesmo com o feriado do Dia de Ação de Graças, com o Dow Jones e o S&P 500 atingindo novos recordes históricos. Os rendimentos dos Treasuries, títulos do governo dos Estados Unidos, recuaram, ajudando a dar suporte aos mercados de ações. A boa performance das bolsas dos EUA exerceu uma pressão de alta sobre o mercado brasileiro, mas as incertezas fiscais no país ainda ofuscaram a recuperação.

Maiores altas desta sexta-feira, 29 de novembro

BEEF3.SA+7,54 R$5,85
EXCO32.SA+6,23 R$11,26
CSAN3.SA+5,38R$10,19
UGPA3.SA +4,97 R$17,94
BRKM5.SA +4,46 R$15,00