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- Índice caiu 1,36%, com perda de 1.728,10 pontos, refletindo incertezas fiscais e globais.
- Ministro da Fazenda destacou a necessidade de crescimento econômico para ajuste fiscal, gerando cautela no mercado
- Petrobras e Vale caíram, enquanto Azul subiu 4,13% com balanço positivo, e Iguatemi despencou quase 5% após troca de comando
A última semana de fevereiro começou com o Ibovespa registrando uma queda de 1,36%, fechando aos 125.401,38 pontos, uma perda de 1.728,10 pontos em relação à abertura.
O índice oscilou entre a máxima de 127.274,72 e a mínima de 125.161,77, com um volume financeiro de R$19,80bilhões. Enquantoisso,o dólar comercial subiu 0,4319,80 bilhões. E, os juros futuros (DIs) avançaram por toda a curva, refletindo a cautela dos investidores diante do cenário econômico e político.
Falas de Haddad impactam o mercado
Os investidores ficaram atentos às declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante um evento na B3. Haddad afirmou que “não existe um ajuste fiscal possível” sem crescimento econômico e que os desafios fiscais e a necessidade de investimentos públicos não se resolvem apenas com o arcabouço fiscal.
Essas declarações reforçam a preocupação do governo com a necessidade de equilibrar o controle fiscal com medidas que estimulem a economia, mas também geraram incertezas no mercado sobre a capacidade de o Brasil atingir suas metas fiscais em um cenário de baixo crescimento.
Petrobras e Vale caem, Azul decola
As ações da Vale (VALE3) caíram 0,91%, enquanto as da Petrobras (PETR4) recuaram 0,70%, mesmo com a alta do petróleo internacional e o anúncio de um recorde de produção no Campo de Búzios.
Analistas projetam que a Petrobras poderá distribuir um dividendo bilionário no quarto trimestre de 2024, mas isso não foi suficiente para evitar a queda das ações.
No setor bancário, o Bradesco (BBDC4) recuou 1,77%, enquanto o Santander (SANB11) foi a exceção, com alta de 0,57%. A B3 (B3SA3), operadora da Bolsa, despencou 3,39%, contribuindo significativamente para a queda do Ibovespa.
No varejo, a Iguatemi (IGTI11) desmoronou 4,98%, refletindo uma troca de comando na empresa. Já na ala dos balanços, a M.Dias Branco (MDIA3) subiu 0,21%, apesar de resultados ainda fracos, mas melhores que o esperado.
A Azul (AZUL4) foi uma das estrelas do dia, decolando 4,13%, impulsionada por um quarto trimestre positivo e perspectivas otimistas para o setor aéreo.
Pressões internas
O mercado também reagiu ao cenário global, com investidores monitorando os movimentos das big techs nos Estados Unidos e os impactos das políticas monetárias internacionais.
Além disso, a alta dos juros futuros (DIs) reflete a expectativa de que o Banco Central do Brasil possa manter os juros elevados por mais tempo, pressionando ainda mais o mercado de capitais.
Destaques do dia
- Ibovespa: Fechou em 125.401,38 pontos, com queda de 1,36%.
- Dólar comercial: Subiu 0,43%, cotado a R$ 5,755.
- Volume financeiro: R$ 19,80 bilhões.
- Maiores quedas: Ações da AZZA3 lideraram as perdas.
- Maiores altas: Azul (AZUL4) subiu 4,13%, destacando-se entre as maiores altas da Bolsa.
Confira abaixo a cotação dos principais ativos: