
- O índice abre em queda, pressionado pelos setores de energia, bancos e frigoríficos, com desempenhos mistos entre as grandes empresas
- B3SA3 cai 1,14%, cotada a R$ 12,12, enquanto o setor de supermercados oscila, PCAR3 (Pão de Açúcar) sobe 7,35%, mas ASAI3 (Assaí) recua 2,54%
- Perdas significativas marcam a abertura, refletindo cautela dos investidores diante do cenário setorial diversificado
O mercado financeiro brasileiro começou a segunda-feira (31) com um cenário de volatilidade. O índice Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores, iniciou o dia em queda, refletindo um movimento de aversão ao risco no cenário global.
Às 10h14, o índice apresentava uma queda de 0,84%. Assim, operando aos 130.792 pontos, afastando-se das 132 mil unidades alcançadas nas últimas semanas.
Movimento do Ibovespa
O Ibovespa segue o movimento negativo com destaques para os setores de energia, bancos e frigoríficos. Dessa forma, com as ações de grandes empresas apresentando resultados mistos.
O índice registrou perdas significativas logo pela manhã, com a cotação de empresas como B3 (B3SA3) caindo 1,14%, a R$ 12,12. Além disso, o setor de supermercados também viu variações de destaque, com PCAR3, representando Pão de Açúcar, subindo 7,35%, enquanto ASAI3, do Assaí, recuou 2,54%.
O setor de frigoríficos também foi afetado pela tensão no mercado, com ações como BEEF3 (JBS) e BRFS3 (Brasil Foods) registrando leves quedas, de 0,32% e 0,05%, respectivamente.
Já a JBS, contrariando a tendência do setor, subiu 0,10%, refletindo um movimento isolado dentro da empresa. As commodities, em geral, também estão seguindo a tendência de queda. Dessa forma, impactando empresas como a Vale (VALE3), que caiu 1,49%, e Petrobras (PETR3 e PETR4), que viu perdas de 0,22% e 0,21%, respectivamente.
Impactos no mercado
O câmbio também segue em movimento de volatilidade. O dólar comercial, às 10h08, registrou uma leve alta de 0,28%, cotado a R$ 5,775 na compra e R$ 5,776 na venda.
Essa flutuação no câmbio acompanha as incertezas globais e locais, em especial as declarações de Donald Trump sobre tarifas comerciais, o que tem gerado apreensão nos mercados internacionais.
O Banco Central também entrou em ação, realizando um leilão de swap cambial para tentar garantir a estabilidade da moeda local frente ao cenário externo.
O mercado de juros futuros também apresentou recuos nesta segunda-feira, com uma expectativa mais conservadora dos investidores em relação às políticas monetárias, influenciado pela pressão cambial e pela movimentação do Ibovespa.
O recuo nas taxas de juros futuras sugere uma cautela por parte dos investidores, que veem os riscos no cenário global se refletindo diretamente no desempenho dos ativos financeiros brasileiros.
Setor de aéreas e energia em queda
As ações do setor aéreo também apresentaram desempenho negativo logo no início do pregão. A Azul (AZUL4) caiu 1,74%, e a Gol (GOLL4) registrou queda de 1,43%. Este movimento se reflete na instabilidade do mercado e no aumento da aversão ao risco, que tem impactado as expectativas sobre o futuro do setor de aviação.
As empresas desse segmento enfrentam desafios adicionais com a volatilidade da moeda e os custos operacionais, além de pressões externas sobre o aumento dos preços do petróleo.
No setor de energia, as ações da Eletrobras (ELET3 e ELET6) também registraram baixas, com quedas de 0,15% e 0,40%, respectivamente. A instabilidade no mercado de energia reflete não apenas as condições macroeconômicas, mas também a busca por uma reavaliação dos riscos e um ajuste no comportamento do investidor.
Em suma, a combinação de fatores externos, como a política tarifária de Donald Trump e a crescente tensão no mercado global, com os desafios internos, tem gerado um cenário de cautela entre os investidores.
A expectativa é de que o mercado continue sensível a qualquer nova informação econômica e política nos próximos dias.