
- O índice registra variação mista, com ações de Vale e Petrobras em alta, mas bancos enfrentando quedas
- O dólar comercial recua, refletindo o alívio nas tensões econômicas globais e a queda nos juros futuros
- Após alta de 77% em março, a ação da varejista sobe 11,73% na manhã desta terça-feira, acumulando valorização de quase 98% no mês
O mercado financeiro brasileiro segue volátil nesta terça-feira, com o Ibovespa oscilando perto dos 124,5 mil pontos e o dólar comercial recuando a R$ 5,83. O cenário reflete uma série de movimentações nos setores de commodities, bancos e varejo, além de uma forte alta nas ações de Casas Bahia (BHIA3), que continuam a impressionar investidores.
Movimento de oscilação
O Ibovespa abriu com leve alta de 0,01%, alcançando 124.533,43 pontos, mas logo entrou em um movimento de oscilação. Por volta das 10h, o índice registrava uma queda marginal de 0,13%, aos 124.361,52 pontos. A variação é reflexo de uma série de fatores econômicos, incluindo a queda nos juros futuros e o desempenho misto de diferentes setores.
Tendência de baixa
O dólar comercial iniciou o dia em queda, sendo cotado a R$ 5,83, após registrar preços mais altos na véspera. Esse movimento pode ser atribuído a um alívio nos temores sobre a economia global e uma série de dados que indicam uma desaceleração na taxa de juros no mercado doméstico. Juros futuros também caíram, o que ajuda a manter um ambiente de menor volatilidade para os investidores.
Ações de Vale e Petrobras avançam
Os papéis de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3 e PETR4) seguem em alta, com ganhos de 0,17% e 0,59%, respectivamente. A movimentação positiva dessas ações reflete o apetite por ativos de commodities, impulsionado pela recuperação gradual dos preços do minério de ferro e o avanço nas cotações do petróleo.
No entanto, as ações dos grandes bancos recuam, com destaque para os papéis do Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4), que registram quedas de até 0,51%. Esse movimento ocorre em meio a uma expectativa mais cautelosa com relação à rentabilidade do setor bancário no curto prazo.
BHIA3 dispara 77% em março
O grande destaque do dia continua sendo a ação da Casas Bahia (BHIA3), que segue em uma recuperação impressionante após saltar 77% em março. Na manhã desta terça-feira, as ações subiram novamente, atingindo uma valorização de 11,73%, cotadas a R$ 5,24. Esse movimento já resulta em uma valorização acumulada de quase 98% nos últimos cinco pregões, incluindo a Quarta-feira de Cinzas.
Esse forte movimento de alta tem sido impulsionado pelo fenômeno conhecido como “short squeeze”, no qual a pressão de compra forçou investidores que apostavam na queda das ações a cobrir suas posições. De acordo com a Nord Research, cerca de 25% das ações da empresa estão em circulação alugadas, o que tem gerado grande volatilidade no preço do ativo. Embora a alta seja impressionante, analistas alertam para os riscos envolvidos, com recomendações de cautela sobre a continuidade desse movimento no curto prazo.
Tendência mista
O setor de supermercados também apresenta um desempenho misto. Enquanto ASAI3 e CRFB3 avançam, com ganhos de 1,41% e 0,54%, respectivamente, GMAT3 recua 0,46% e PCAR3 se mantém estável. Já os frigoríficos têm um desempenho mais dividido, com BRFS3 subindo 0,42%, enquanto os outros papéis do setor apresentam quedas.
Entre as ações do setor siderúrgico, os investidores observam ganhos moderados, com CSNA3 e GGBR4 registrando pequenas altas. Já Embraer (EMBR3) inicia o dia com uma queda de 1,13%, cotada a R$ 73,41.
Confira abaixo as principais ações e seus respectivos resultados:
