- A Bolsa brasileira atingiu seu maior nível desde outubro de 2024, impulsionada por commodities e cenário externo favorável
- Medidas econômicas chinesas e a alta do petróleo fortaleceram o mercado, beneficiando ações da Vale e Petrobras
- Com a “Super Quarta” se aproximando, investidores aguardam decisões do Copom e do Fed sobre a política monetária
O Ibovespa fechou esta segunda-feira (17) com um avanço de 1,46%, atingindo 130.883,96 pontos, o maior nível desde outubro de 2024. Durante o dia, o índice chegou a ultrapassar os 131 mil pontos, impulsionado pelo desempenho positivo de grandes empresas e pelo cenário internacional favorável.
Destaque para as ações da Vale (VALE3), que subiram 1,44%, e da Petrobras, que avançaram 1,86% (PETR4) e 2,32% (PETR3). Além disso, os papéis dos principais bancos também tiveram ganhos expressivos, com Itaú Unibanco (ITUB4) subindo 3%.
Fatores externos impulsionam alta
A valorização do Ibovespa foi puxada, principalmente, pelo desempenho positivo da economia chinesa. O país divulgou dados econômicos acima das expectativas e anunciou medidas para estimular o consumo interno e o crescimento da renda salarial. Como o Brasil tem forte dependência comercial com a China, a notícia gerou otimismo nos mercados.
Outro fator determinante foi a alta no preço do petróleo, resultado do aumento das tensões no Mar Vermelho. Os Estados Unidos indicaram que continuarão atacando os houthis no Iêmen, elevando os temores de uma escalada do conflito e impactando os mercados globais de energia.
Cenário econômico global
O ambiente internacional trouxe notícias mistas. Nos Estados Unidos, os índices Nasdaq e S&P 500 avançaram pelo segundo dia seguido, após semanas de queda. Além disso, os dados de vendas no varejo norte-americano indicaram recuperação econômica no primeiro trimestre.
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No campo geopolítico, EUA e Rússia confirmaram que Donald Trump e Vladimir Putin conversarão na terça-feira para discutir o fim da guerra na Ucrânia, o que pode trazer alívio aos mercados.
Indicadores domésticos positivos
No Brasil, o Banco Central divulgou o IBC-Br de janeiro, que avançou 0,9% em relação ao mês anterior, superando a expectativa de 0,2%. O índice é considerado um termômetro do PIB e sugere que a economia brasileira começou 2025 com mais força, mesmo sob política monetária restritiva.
Além disso, o mercado está de olho na “Super Quarta”, dia em que o Copom e o Fomc decidirão sobre os juros no Brasil e nos Estados Unidos. O Copom já havia sinalizado que a taxa Selic deve subir para 14,25%, enquanto o Federal Reserve deve manter os juros entre 4,25% e 4,50%.
Perspectivas para o Ibovespa
Analistas do Itaú BBA indicam que o Ibovespa pode retomar uma trajetória de alta caso supere a resistência de 129.600 pontos. Com isso, o índice abriria espaço para novas máximas, mirando 132.300 e 137.469 pontos. Já no cenário de baixa, os suportes estão em 125.300 e 122.000 pontos.
O mercado, portanto, segue atento ao cenário global e às decisões de política monetária, que devem definir os rumos do índice nos próximos meses.
