O JP Morgan revisou suas estimativas para as gigantes do setor frigorífico brasileiro, BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3), pela 11ª vez consecutiva. A previsão do banco é de um impulso nos ganhos das empresas até o fim de 2025, impulsionado por fortes spreads, demanda robusta e uma oferta restrita, especialmente no setor de aves.
Em suas últimas projeções, o JP Morgan estimou que o Ebitda de BRF para 2025 deve alcançar R$ 10,513 bilhões, um aumento de 9% em relação ao consenso de mercado. Já para a JBS, a estimativa é de R$ 38,476 bilhões, o que representa um crescimento de 14% acima das expectativas do mercado. A principal razão para esse otimismo é a forte demanda global por proteínas, além da expectativa de que as exportações do Brasil se beneficiarão da desvalorização do real.
A pressão na oferta de aves, causada por problemas genéticos que limitaram a produção, também tem impactado o mercado. No entanto, a demanda, tanto no mercado local quanto internacional, continua sólida, o que contribui para manter as margens elevadas.
“O cenário saudável para os custos de ração em 2025, com um superávit de soja e uma perspectiva equilibrada para o milho, deve permitir que os operadores de aves alcancem margens fortes”.
Afirmam os analistas do banco.
Com base nesse cenário favorável, o JP Morgan elevou o preço-alvo de BRF de R$ 30 para R$ 31,50 e o de JBS de R$ 43 para R$ 46, mantendo ambas as ações com recomendação de compra. Os analistas destacam que, mesmo com o desempenho da carne bovina dos Estados Unidos, que tradicionalmente representa 35% dos resultados da JBS, a empresa deverá alcançar um Ebitda próximo de zero em 2025.
Em um cenário de fortes expectativas, o mercado acompanha atentamente os resultados da BRF e JBS, que devem se beneficiar de uma combinação de fatores positivos até 2025. A elevação das estimativas é vista como uma sinalização de confiança nas perspectivas de crescimento do setor frigorífico brasileiro.