
- Índice fechou em 130.259 pts, pressionado por Petrobras, Vale e bancos
- Ação do varejista (PCAR3) saltou com expectativas de mudanças no Conselho
- Enquanto commodities e bancos afundaram, setor de varejo surpreendeu em meio a especulações corporativas
O Ibovespa fechou esta segunda-feira (31) em queda de 1,25%, aos 130.259,54 pontos, pressionado pelo desempenho negativo de gigantes como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), além de perdas no setor bancário. Em contrapartida, o GPA (PCAR3) surpreendeu com um forte avanço de 13,60%, impulsionado por expectativas de mudanças no Conselho de Administração.
Petrobras e Vale recuam apesar de anúncios relevantes
A Petrobras (PETR4) oscilou ao longo do pregão e tentou se manter no campo positivo, mas encerrou o dia em baixa de 0,72%. A companhia anunciou uma redução de 4,6% no preço do diesel, que entra em vigor a partir de 1º de abril. A medida, embora beneficie o consumidor final e possa aliviar a inflação, impacta a percepção do mercado sobre as margens de lucro da empresa.
Já a Vale (VALE3) perdeu 1,49%, mesmo diante de novas promessas de estímulo do governo chinês para impulsionar sua economia. O mercado segue cético quanto à efetividade dessas medidas no curto prazo, especialmente considerando a desaceleração no setor imobiliário chinês, um dos principais motores da demanda por minério de ferro.
Bancos pesam no índice, enquanto GPA dispara
O setor bancário também teve um dia negativo, contribuindo para a queda do Ibovespa. O Banco do Brasil (BBAS3) recuou 1,57% após analistas rebaixarem a recomendação para suas ações, refletindo preocupações com o cenário macroeconômico e a margem de crédito da instituição. Outras instituições financeiras seguiram o movimento de baixa, pressionando ainda mais o índice.
Na contramão, o GPA (PCAR3) protagonizou a maior alta do dia, com uma valorização de 13,60%. A disparada ocorreu após rumores de mudanças no Conselho de Administração, o que reacendeu expectativas sobre uma possível reestruturação da empresa. O otimismo se traduziu em um forte volume de negociações, consolidando o GPA como um dos destaques positivos do pregão.
Destaques fora do índice e fechamento do Ibovespa
Fora do Ibovespa, a Casas Bahia (BAHI3) teve um dia de forte queda, recuando 12,89%. No entanto, a empresa encerrou março com uma valorização acumulada de impressionantes 239%, impulsionada por um movimento especulativo intenso.
Outro caso que chamou atenção foi o do Banco BRB (BSLI3), que disparou 83,44% nesta segunda-feira. O movimento foi impulsionado por rumores sobre uma possível aquisição pelo Banco Master, o que gerou forte interesse por parte dos investidores.
Entre os destaques do mês, a Minerva (BEEF3) registrou a maior alta de março, enquanto a Natura (NTCO3) foi a maior queda do período. O desempenho das ações reflete a volatilidade do mercado e as apostas dos investidores para o segundo trimestre.
O Ibovespa registrou os seguintes movimentos:
- Máxima do dia: 131.900,92 pontos
- Mínima do dia: 130.114,96 pontos
- Volume financeiro: R$ 20,80 bilhões
Evolução do Ibovespa:
- Segunda-feira (31): -1,25%
- Semana: -1,25%
- Março: +6,08%
Apesar da queda no último pregão do mês, o Ibovespa fechou março com valorização acumulada de 6,08%, impulsionado pelo bom desempenho de algumas ações ao longo do período. Os investidores agora voltam suas atenções para abril, de olho na política monetária e em novos desdobramentos corporativos.
Confira abaixo os principais resultados: