Queda generalizada

Pânico histórico: Ibovespa afunda, dólar dispara e bolsas globais instáveis

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, afundou mais de 2,1% e caiu aos 124.542,90 pontos, atingindo sua menor marca intradiária.

Pânico histórico: Ibovespa afunda, dólar dispara e bolsas globais instáveis
  • Ibovespa em queda livre: O principal índice da B3 despencou 2,1%, batendo 124.542 pontos, o menor patamar intradiário às 10h37
  • Efeito do tarifaço global: O novo pacote de tarifas dos EUA desencadeou pânico nos mercados, arrastando as bolsas brasileiras junto com o colapso internacional
  • Crise sincronizada: O tombo do Ibovespa reflete a onda de vendas globais, com investidores em fuga diante do risco de guerra comercial ampliada

A segunda-feira (7) começou em clima de pânico nos mercados financeiros globais, e o Brasil não escapou da tormenta. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, afundou mais de 2,1% e caiu aos 124.542,90 pontos, atingindo sua menor marca intradiária do dia às 10h37. Contudo, em meio ao colapso das bolsas globais causado pelo novo tarifaço imposto pelos Estados Unidos.

Desde a abertura, a bolsa brasileira operou em queda constante. Às 10h02, o índice já caía 0,02%, aos 127.226,44 pontos, mas rapidamente acelerou o movimento de baixa conforme os mercados internacionais ampliavam suas perdas. Às 10h13, nenhuma ação do índice operava em alta.

O movimento reflete a aversão global ao risco provocada pelo agravamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Dessa forma, intensificada pelas novas tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump.

Entre os papéis mais afetados estão Vale (VALE3), com queda de 1,86%, Embraer (EMBR3), com 2,55% de baixa, e Petrobras, cujas ações preferenciais (PETR4) caíram 1,22%. O setor bancário também abriu o dia no vermelho: Banco do Brasil (BBAS3) caiu 1,18%, Bradesco (BBDC4) recuou 1,59% e Santander (SANB11) perdeu 1,62%.

As empresas do setor de saúde e alimentos seguiram a mesma tendência: Hapvida (HAPV3) caiu 2,35%, a R$ 2,08, enquanto os frigoríficos enfrentaram baixas expressivas. Assim, Minerva (BEEF3) recuou 1,85%, BRF (BRFS3) caiu 1,35%, JBS (JBSS3) perdeu 1,10% e Marfrig (MRFG3) caiu 2,21%.

O índice de Small Caps (SMLL) também não escapou, com queda de 2,39%, aos 1.859,67 pontos.

Dólar dispara e juros futuros operam de forma mista

Além da derrocada da bolsa, o dólar comercial abriu a sessão com forte alta, cotado a R$ 5,86, refletindo a forte demanda por segurança em meio à instabilidade global. O movimento segue o padrão observado em crises anteriores, com investidores se refugiando em ativos considerados mais seguros. Ainda, como o dólar americano e os títulos do Tesouro dos EUA.

O Banco Central divulgou a primeira parcial da PTAX com cotação de compra a R$ 5,8662 e de venda a R$ 5,8668, consolidando o real como uma das moedas emergentes mais pressionadas do dia.

Os juros futuros, por sua vez, operaram de forma mista, com ajustes nas curvas conforme o mercado tenta antever os próximos passos do Banco Central. Parte dos investidores passou a considerar a possibilidade de interrupção no ciclo de cortes da Selic. Isso, caso o ambiente inflacionário se deteriore com a alta do dólar e o encarecimento de importados.

Bolsas internacionais enfrentam pânico e acionam circuit breaker

No exterior, o clima é de colapso total. A bolsa de Hong Kong teve sua maior queda desde a crise financeira de 1997, refletindo o impacto direto das novas tarifas norte-americanas e a retaliação imediata da China. Já o índice Nikkei 225, da bolsa de Tóquio, sofreu uma queda de 8%, acionando o circuit breaker logo após a abertura.

Nos Estados Unidos, os futuros do índice Dow Jones já operavam em forte queda nas primeiras horas do dia, sinalizando que Wall Street também seguirá o movimento de baixa em bloco.

A percepção de risco aumentou após Trump declarar no fim de semana que não pretende negociar com a China até que os déficits comerciais sejam completamente revertidos.

A continuidade do tarifaço, mesmo diante das reações negativas do mercado, elevou o temor de uma recessão global. Dessa forma, pressionando ainda mais os preços dos ativos em todo o mundo.

Investidores buscam desesperadamente proteção em meio à turbulência. Assim, o que intensifica a volatilidade nos mercados de câmbio, ações e renda fixa.

Confira abaixo o resultado das principais ações:

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ