SLC Agrícola compra 48 mil hectares de terra por R$ 900 milhões

• Gigante do setor agrícola investe R$ 913 milhões em terrenos situados na Bahia e em Minas Gerais
• Empresa pagou valores bem abaixo da média do mercado
• Ações sofrem queda após o anúncio mas empresa se mantém confiante

A SLC Agrícola, uma das maiores empresas do setor agrícola brasileiro, anunciou a compra de 47.822 hectares de terras, distribuídos entre a Bahia e Minas Gerais, por R$ 913 milhões.

A transação representa uma aposta no crescimento das operações da companhia nessas regiões, ampliando seu portfólio de ativos e buscando retorno a longo prazo.

Compra de terras na Bahia e em Minas Gerais

A fazenda Paladino, situada em São Desidério, na Bahia, foi quem recebeu a maioria do valor. A empresa adquiriu, por R$ 723 milhões, cerca de 39.987 hectares voltados para a produção agrícola, principalmente soja.

Além disso, a Fazenda Pamplona, localizada em Unaí, Minas Gerais, foi comprada por R$ 190 milhões, totalizando 7.835 hectares. A SLC já arrendava essas terras, e a aquisição pretende afirmar sua atuação nessas áreas promissoras.

Sendo assim, a compra dessas terras representa um movimento estratégico da SLC agrícola, que se coloca a ponto de aumentar a produção agrícola e se beneficiar de uma futura valorização, pois ambas as regiões possuem grande potencial de expansão no setor.

Desconto acima do mercado

É notório que existe um desconto considerável sobre o preço de mercado, com base nos valores pagos por hectare.

A SLC pagou R$ 32.876 por hectare em São Desidério e R$ 36.176 por hectare em Unaí, muito abaixo da média de R$ 58 mil por hectare. Esses descontos representam 43% e 37%, respectivamente, em relação aos preços de mercado das terras.

Sendo assim, esse desconto atraiu a atenção de analistas e investidores, que enxergam a operação como uma oportunidade. A compra das terras a preços abaixo do mercado pode garantir uma boa valorização para a SLC no futuro.

Repercussão no mercado

Após o anúncio da compra, as ações da SLC Agrícola sofreram uma queda de 3,92%, sendo negociadas a R$ 17,89. Esse movimento reflete a apreensão do mercado quanto ao aumento do endividamento da empresa para financiar seu crescimento, o que pode gerar pressão sobre o fluxo de caixa a curto prazo.